Inflação Energética na América Latina e Caribe Atinge 0,52% em Maio, Relata OLADE

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Relatório da OLADE destaca queda na inflação energética mensal em 13 países da região, com taxa anual de 3,07%.

A Organização Latino-Americana de Energia (OLADE) divulgou hoje seu Indicador de Inflação Energética para a América Latina e o Caribe (IE-LAC) referente ao mês de maio de 2024. Este relatório oferece uma análise detalhada das tendências energéticas na região, essenciais para entender o comportamento dos mercados energéticos e seu impacto na economia e sustentabilidade dos países da América Latina e do Caribe.

Em maio de 2024, a inflação energética mensal na região foi de 0,52%, confirmando uma tendência de queda iniciada no começo do ano. A inflação energética anual, comparada a maio de 2023, foi de 3,07%, uma taxa inferior à inflação total da economia regional, que ficou em 4,02%. Essa desaceleração na inflação energética regional é um sinal positivo para a economia, refletindo os esforços dos países em controlar os custos de energia e mitigar seus impactos econômicos.

A diminuição na inflação mensal de energia foi observada em 13 dos 20 países analisados pela OLADE. Este é um indicador de que a região está conseguindo enfrentar os desafios relacionados ao aumento dos preços de energia, que têm sido um problema persistente para muitos países. A queda na inflação energética também sugere uma melhora na eficiência e na gestão dos recursos energéticos, além de uma maior integração de fontes de energia renovável.

A OLADE destaca que a inflação energética anual nos países da OCDE aumentou significativamente, de -0,13% em abril para 2,5% em maio de 2024. Este foi o nível mais alto desde fevereiro de 2023, com aumentos em 24 países da OCDE. A comparação com a OCDE ressalta a importância dos esforços de controle de inflação energética na América Latina e Caribe, que estão mostrando resultados mais favoráveis.

Nesta edição do IE-LAC, a OLADE incorporou mais quatro países à análise, expandindo a base para 20 países. Essa atualização no índice permite uma visão mais abrangente e precisa da inflação energética na região, oferecendo dados essenciais para formuladores de políticas, empresas e pesquisadores.

Impacto da Inflação Energética na Região

A inflação energética tem um impacto significativo na economia e no bem-estar social. Altos custos de energia podem levar a aumentos nos preços de bens e serviços, afetando diretamente o poder de compra dos consumidores e a competitividade das empresas. A queda na inflação energética observada em maio é, portanto, uma notícia bem-vinda, indicando uma possível estabilização dos preços de energia.

Perspectivas Futuras

Apesar dos sinais positivos, os desafios permanecem. A necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura energética, melhorias na eficiência e a transição para fontes de energia mais limpas são cruciais para manter a inflação sob controle e promover o desenvolvimento sustentável.

Keisuke Sadamori, Diretor de Mercados de Energia e Segurança da AIE, comentou: “O crescimento da demanda global por eletricidade neste ano e no próximo deve estar entre os mais rápidos das últimas duas décadas, destacando o papel crescente da eletricidade em nossas economias, bem como os impactos de ondas de calor severas. É encorajador ver a participação da energia limpa na matriz elétrica continuar a aumentar, mas isso precisa acontecer em um ritmo muito mais rápido para atender às metas internacionais de energia e clima. Ao mesmo tempo, é crucial expandir e reforçar as redes para fornecer aos cidadãos um fornecimento de eletricidade seguro e confiável – e implementar padrões mais altos de eficiência energética para reduzir os impactos do aumento da demanda por resfriamento nos sistemas de energia.”

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