Mesmo com o apagão cibernético mundial, sistemas de atendimento e operação da ANEEL e ONS seguem intactos
No dia 18 de julho, o Brasil e diversas partes do mundo enfrentaram um desafio cibernético significativo, impactando sistemas e serviços essenciais. Apesar dos transtornos reportados por algumas distribuidoras de energia em seus sistemas comerciais e de atendimento, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) tranquilizou a população ao garantir que seus próprios sistemas não foram afetados. Essa garantia estende-se também ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), assegurando a continuidade da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) reportou que algumas empresas enfrentaram dificuldades em seus call centers, aplicativos e na coordenação de equipes de campo, que precisaram ser gerenciadas de forma alternativa, via rádio. Essas medidas emergenciais visaram minimizar o impacto no atendimento aos consumidores e na manutenção da infraestrutura energética.
Para reforçar a segurança cibernética no setor elétrico, a ANEEL implementou a Resolução Normativa nº 24/2021, que estabelece diretrizes rigorosas para a proteção de sistemas e dados críticos. Concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviços elétricos são obrigadas a desenvolver políticas de segurança cibernética que previnam, mitiguem e recuperem incidentes, garantindo a continuidade operacional sem comprometer a segurança dos sistemas.
Além disso, a ANEEL promoveu um webinar dedicado ao sistema de acompanhamento de ocorrências graves, segurança cibernética e gestão de indisponibilidades prolongadas. Essas iniciativas refletem o compromisso contínuo da agência em fortalecer a resiliência do setor elétrico contra ameaças cibernéticas emergentes.
A resposta rápida e eficaz da ANEEL frente ao apagão cibernético ressalta não apenas a importância da segurança digital no setor de energia, mas também a necessidade de cooperação entre as entidades reguladoras e as empresas para manter a estabilidade operacional em momentos de crise tecnológica.