Nova legislação visa garantir a viabilidade econômica e financeira da concessionária de energia no Norte do país
O governo federal publicou nesta quinta-feira, 13 de junho de 2024, a Medida Provisória 1.232/2024, que flexibiliza componentes regulatórios essenciais para assegurar a sustentabilidade econômica e financeira da Amazonas Energia. Sem essas flexibilizações, a concessão da distribuidora seria inviável.
A medida estabelece que, em caso de transferência de controle da concessionária de distribuição, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) deverá detalhar as flexibilizações necessárias. Essa ação é crucial para permitir que a concessionária opere de forma viável e cumpra suas obrigações contratuais.
Além disso, a Medida Provisória transforma os contratos de compra e venda de energia das usinas térmicas da Região Norte em Contratos de Energia de Reserva (CER). Anteriormente assinados bilateralmente entre a Amazonas Energia e os geradores térmicos, esses contratos agora serão absorvidos pelo Sistema Integrado Nacional (SIN). Os custos associados serão pagos pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), aliviando a pressão financeira sobre a concessionária.
O texto também prevê a possibilidade de intervenção administrativa pela ANEEL, se necessário, para garantir a continuidade do serviço e a estabilidade do fornecimento de energia na região.
Em complemento à Medida Provisória, foi publicado o Decreto 12.054/2024, que trata dos sistemas isolados de energia. O decreto autoriza a assunção provisória dos ativos necessários pela distribuidora em caso de risco iminente ao atendimento, garantindo assim a continuidade do serviço de distribuição de energia.
Essa iniciativa do governo visa estabilizar a situação financeira da Amazonas Energia e assegurar que a população da Região Norte tenha acesso contínuo e confiável ao fornecimento de energia elétrica. A flexibilização regulatória e as novas medidas de intervenção buscam criar um ambiente mais estável e previsível para a operação da concessionária, beneficiando tanto os consumidores quanto o setor energético como um todo.