Planejamento Energético: Ferramenta Essencial para Redução de Riscos de Investimento, Afirma MME Durante o G20

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Debates e colaborações no encontro em Belo Horizonte focam na transição energética e em metodologias para planos nacionais e regionais

O planejamento energético foi destacado como uma das ferramentas mais poderosas para reduzir os riscos de investimento em energias limpas durante o evento paralelo do G20 promovido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Belo Horizonte. Thiago Barral, secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), enfatizou nesta terça-feira (28/05) a importância deste processo na promoção de transparência e previsibilidade nas políticas e regulações energéticas.

“No encontro, foram apresentadas metodologias e ferramentas essenciais para o desenvolvimento de planos energéticos nacionais e regionais, sempre respeitando as especificidades de cada país e contribuindo para os objetivos globais relacionados à energia e ao clima,” explicou Barral. “O planejamento energético não é um produto ou um relatório; é um processo contínuo que proporciona transparência às decisões e consistência na formulação de políticas ao longo do tempo. Esse processo é fundamental para fornecer uma visão de longo prazo, essencial para atrair investimentos seguros em energias limpas,” acrescentou.

Wel Huang, diretor de Planejamento, Informação e Gestão de Conhecimento da AIEA, reforçou a importância do planejamento energético eficaz para a transição energética, destacando seu papel como pedra angular para o desenvolvimento socioeconômico. Hana Chambers, gerente Multilateral da Agência Internacional de Energia, discutiu o desafio de aumentar significativamente os investimentos em energia limpa nas economias emergentes e em desenvolvimento (EMDEs).

A limitação de conhecimentos especializados e a escassez de processos de planejamento energético em muitos mercados emergentes dificultam a mobilização de financiamento necessário. Como resposta a esses desafios, um dos resultados propostos pelo Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, sob a presidência brasileira, é a criação de uma Coalizão Global para o Planejamento Energético. Esta coalizão visa promover a cooperação e a capacitação das EMDEs, reunindo instituições nacionais e internacionais.

Durante o evento, especialistas da AIEA, AIE, Organização Latino-Americana de Energia (OLADE), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) compartilharam as melhores práticas e discutiram maneiras de melhorar a prestação conjunta de serviços. O objetivo é desenvolver capacidades nacionais e regionais em planejamento energético, essencial para a transição energética global.

Clean Energy Ministerial e Mission Innovation

Outro destaque do evento foi a discussão sobre o trabalho e impacto da Clean Energy Ministerial (CEM) e da Mission Innovation (MI), duas plataformas internacionais que promovem a colaboração multilateral em energias limpas e inovação. Essas plataformas são críticas para alcançar as metas políticas estabelecidas no G20 e na COP.

A reunião ressaltou a cooperação técnica e o trabalho setorial da CEM e do MI, abrangendo áreas como energia, transportes, edifícios, indústria e ambiente. Os planos para a Reunião Ministerial CEM15 e MI9, que ocorrerá em Foz do Iguaçu em outubro de 2024, também foram apresentados pelos secretários do CEM e MI e pelo MME.

Este evento paralelo, além de destacar a importância do planejamento energético, reforça a necessidade de um esforço conjunto para promover a inovação e a sustentabilidade no setor energético, essencial para enfrentar os desafios climáticos e econômicos globais.

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