Indicador de Inflação Energética da OLADE destaca a resistência da região frente às oscilações dos preços internacionais de energia, graças à sua alta penetração de energias renováveis e produção própria de recursos energéticos.
A Organização Latino-Americana de Energia (OLADE) lançou um novo Indicador de Inflação Energética para a América Latina e o Caribe (IE-LAC), revelando dados que destacam a resiliência da região em meio aos choques energéticos globais. Segundo o Secretário Executivo da OLADE, Andrés Rebolledo, o indicador mensal oferece uma visão detalhada da dinâmica dos preços da energia na região.
De acordo com os dados do IE-LAC, a inflação energética anual na América Latina e no Caribe atingiu 1,96% em março de 2024. Esse índice reflete uma fase de estabilização dos preços da energia, após um período de aumento impulsionado por diversos fatores, incluindo o conflito Rússia-Ucrânia, o desmantelamento de subsídios e a recuperação econômica pós-pandemia.
Em contraste, nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a inflação energética atingiu seu pico em junho de 2022, com uma variação anual de 40,48% no índice de preços. Desde então, houve uma queda pronunciada, refletindo uma menor demanda e esforços para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Andrés Rebolledo destacou a resiliência da América Latina e do Caribe em relação aos choques dos preços internacionais de energia, atribuindo essa capacidade à alta penetração de energias renováveis na região e à produção própria de recursos energéticos, como petróleo, gás natural e biocombustíveis. Isso sugere uma menor sensibilidade à situação internacional e uma maior dependência das políticas internas de cada país na região.
A divulgação desses dados ressalta a importância de políticas energéticas sustentáveis e de investimentos contínuos em energias renováveis para garantir a estabilidade e a segurança energética na América Latina e no Caribe.