Governo busca dar segurança jurídica e promover diálogo para impulsionar investimentos na nova fronteira das energias limpas.
O Ministério de Minas e Energia (MME) enfatizou a importância estratégica da energia eólica offshore para o Brasil durante a 2ª edição do Brazil Offshore Wind Summit, realizado no Rio de Janeiro. Representando o ministro Alexandre Silveira, o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, destacou que o planejamento energético brasileiro está direcionado para fontes limpas e renováveis, visando sustentar o crescimento da demanda por energia no país.
De acordo com Barral, a energia eólica offshore é uma peça fundamental desse planejamento, pois abre uma nova fronteira para as energias limpas e renováveis, sendo um recurso abundante e disponível em diversas regiões da costa brasileira. Segundo estimativas do Plano Nacional de Energia – PNE 2050, a demanda por energia elétrica no Brasil pode mais do que triplicar até 2050, impulsionada pelo crescimento econômico e melhoria da renda da população.
O secretário ressaltou que o governo está comprometido em fornecer segurança jurídica para os estudos e investimentos em energia eólica offshore. Além disso, destacou a recente adesão do Brasil à Aliança Global de Eólicas Offshore (Global Offshore Wind Alliance GOWA), durante a COP 28, em dezembro de 2023, em Dubai. Essa aliança visa promover o compartilhamento de experiências e cooperação entre o setor público e privado para acelerar o desenvolvimento de projetos eólicos offshore.
Apesar do potencial e do interesse crescente, os debates durante o evento ressaltaram a necessidade de um marco legal e regulatório claro para impulsionar os investimentos nesse setor. Atualmente, o Brasil possui mais de 90 projetos eólicos offshore registrados ao longo de sua costa, porém nenhum em construção ou operação.
Barral aproveitou a ocasião para enfatizar a importância do diálogo entre empresas e governo para superar os desafios regulatórios e promover o desenvolvimento sustentável da energia eólica offshore. Além disso, foram discutidos temas como a participação social e os critérios para futuros mecanismos competitivos envolvendo o potencial eólico offshore.
O Brazil Offshore Wind Summit, organizado pela ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias) e GWEC (Global Wind Energy Council), reafirmou o compromisso do Brasil em impulsionar a energia eólica offshore como parte integrante de sua matriz energética limpa e sustentável.