Câmara aprova Projeto do Programa de Aceleração da Transição Energética, impulsionando o desenvolvimento sustentável

Data:

Compartilhe:

Proposta segue para o Senado, visando promover investimentos em fontes renováveis e eficiência energética

Em um passo significativo rumo à modernização e sustentabilidade do setor energético brasileiro, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten). Esta iniciativa visa incentivar projetos de desenvolvimento sustentável, promovendo a transição para fontes de energia limpa e eficiente, através do aproveitamento de créditos de empresas perante a União. Agora, a proposta segue para o Senado Federal.

O Paten proporcionará às empresas participantes a oportunidade de negociar suas dívidas de tributos federais, além de receberem incentivos para projetos que promovam o desenvolvimento sustentável. Sob a relatoria da deputada Marussa Boldrin (MDB-GO), o texto aprovado é um substitutivo ao Projeto de Lei 327/21, incorporando também elementos do PL 5174/23, do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

A proposta define como projetos de desenvolvimento sustentável aqueles relacionados à infraestrutura, expansão ou implementação de parques de produção energética de matriz sustentável, pesquisa tecnológica e inovação que tragam benefícios socioambientais ou minimizem impactos ambientais adversos.

Priorizando tecnologias de combustíveis renováveis, o Paten destaca a importância de projetos relacionados ao etanol, ao bioquerosene de aviação, ao biodiesel, ao biometano, ao hidrogênio de baixa emissão de carbono, à energia com captura e armazenamento de carbono, e à recuperação e valorização energética de resíduos sólidos.

Além disso, o programa visa expandir a produção e transmissão de energia solar, eólica, de biomassa, de biogás, de gás natural, de centrais hidrelétricas até 50 MW, e de outras fontes de energia renovável, inclusive em áreas rurais.

Para garantir o financiamento dos projetos aprovados, o texto prevê a criação do Fundo Verde, a ser administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Este fundo será composto por créditos detidos por empresas com projetos aprovados no Paten, e será usado para garantir os financiamentos concedidos por instituições financeiras.

Além disso, o projeto permite a adesão de estados, Distrito Federal e municípios ao Paten, desde que autorizem a integralização de créditos dos contribuintes referentes a ICMS ou de precatórios por eles expedidos.

Por meio do mecanismo de transação, as empresas com projetos aprovados no Paten poderão negociar suas dívidas perante a União, com descontos em multas, juros e encargos legais, incentivando assim o cumprimento dos objetivos do programa.

Em suma, o Programa de Aceleração da Transição Energética representa um marco importante na busca por uma matriz energética mais limpa e sustentável para o Brasil. Ao promover o investimento em fontes renováveis e eficiência energética, esta iniciativa visa impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país, ao mesmo tempo em que contribui para a preservação do meio ambiente e para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Agora, cabe ao Senado Federal avaliar e votar este importante projeto, visando o avanço contínuo rumo a uma sociedade mais sustentável e resiliente.

Artigos relacionados

Rodeio de Eletricistas: Profissionais da CPFL Paulista Brilham em Competição de Segurança

Competição reúne profissionais em provas práticas que simulam desafios reais na operação de redes elétricas, com foco em...

Demanda de Carga no SIN Apresenta Menor Crescimento em Outubro

Projeções do ONS indicam que a afluência de energia permanecerá abaixo da média em diversos subsistemasA demanda de...

Novo PL Aprovado no Senado Pode Transformar a Iluminação Pública Brasileira

Proposta já aprovada pelo Senado está em análise na Câmara e visa substituir lâmpadas antigas por tecnologias mais...

Alerta do TCU: Atrasos nas Obras da Usina Nuclear de Angra 3 Podem Comprometer...

Auditoria revela problemas contratuais críticos e destaca riscos para a finalização do projeto que pode gerar 1.405 MW...