Os Leilões tem impacto significativos no setor, o escoamento do excedente, revelando o aumento significativo na geração de energia hidrelétrica, eólica e solar.
Os leilões de transmissão de energia elétrica realizados em 2023, promovidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), resultaram em expressivos investimentos para o setor, totalizando quase R$ 40 bilhões. Esses certames, que aumentarão a capacidade instalada no Brasil nos próximos anos, têm impacto significativo não apenas no setor elétrico, mas também na geração de empregos e desenvolvimento regional.
Principais Aspectos dos Leilões:
Primeiro Leilão (Junho de 2023):
- Investimento: R$ 15,7 bilhões.
- Lotes: Nove lotes que contemplam a construção, operação e manutenção de 6.184 quilômetros de linhas de transmissão.
- Estados Beneficiados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.
- Capacidade de Transformação: Subestações com capacidade de transformação de 400 megavolts-ampère (MVA).
- Empregos: Estima-se a geração de cerca de 60 mil empregos diretos e indiretos.
Segundo Leilão (Dezembro de 2023):
- Investimento: R$ 21,7 bilhões.
- Extensão: 4.471 quilômetros de linhas de transmissão.
- Estados Beneficiados: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.
- Destaque: Inclusão das primeiras instalações em corrente contínua para escoamento de energia renovável.
- Objetivo: Escoamento do excedente de energia produzida por fontes eólica e fotovoltaica no Nordeste para outras regiões do país.
Plano de Outorgas e Expansão do Sistema Interligado Nacional: Os leilões fazem parte do Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica, estabelecido pelo MME em 2023. Esse plano prevê a expansão do Sistema Interligado Nacional (SIN) nos próximos anos. Até 2025, seis leilões estão planejados, possibilitando a expansão de até 23 GW na capacidade instalada em todo o país na próxima década.
Balanço Energético Nacional: O Balanço Energético Nacional (BEN) de 2022, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) com participação do MME, revela um aumento significativo na geração de energia hidrelétrica, eólica e solar. A matriz elétrica nacional atingiu 88% de fontes renováveis, consolidando o Brasil como referência mundial em renovabilidade, com 47,4% de fontes renováveis na matriz energética.
Esses resultados evidenciam o compromisso do Brasil com a transição para fontes mais limpas e a robustez do setor de energia elétrica, impulsionado por leilões estratégicos e investimentos expressivos.