Transformação Energética e Hidrogênio Verde Dominam Debates de Alto Impacto no EVEx 2024

Data:

Compartilhe:

Soluções inovadoras para o setor elétrico brasileiro, desde a transição energética até o potencial do hidrogênio verde, são destaques no Evex

A quinta edição do Energy Virtual Experience (EVEx) 2024 teve um início promissor nesta quarta-feira (03), com discussões de alto nível que reuniram os principais nomes do setor energético do Brasil e Portugal. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) se destacou em dois painéis importantes no primeiro dia, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento de mercados eficientes, inovadores e sustentáveis em benefício da sociedade.

No painel de abertura sobre Transição Energética Justa e Industrialização Verde, Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, destacou a importância da abertura do mercado livre para a evolução das fontes renováveis no Brasil. Ele enfatizou que, quando permitido pela legislação, a CCEE estará pronta para liberar o acesso de todas as pessoas e empresas ao ambiente de mercado livre. Em seu discurso, Ramos reforçou a importância da transição energética para a sociedade brasileira, lembrando que esse não é apenas um objetivo retórico, mas um compromisso assumido com a ONU ao se tornar participante do Pacto Global. “Vamos sempre atuar para combater as alterações climáticas e para oferecer energia limpa e acessível para os consumidores do país”, afirmou Ramos.

Eduardo Rossi, conselheiro da CCEE, participou do painel sobre a Rota do Hidrogênio Verde, oferecendo uma visão ampla sobre a importância do hidrogênio de baixo carbono e seu potencial de crescimento no Brasil. Rossi destacou a vocação da CCEE para apoiar o desenvolvimento desse mercado emergente e sua relevância no cenário energético futuro. Segundo ele, a CCEE está cada vez mais ativa nas pautas que impulsionam o setor elétrico nacional e o hidrogênio de baixo carbono é uma dessas áreas com grande potencial de contribuição.

Além da participação destacada da CCEE, o primeiro dia do EVEx incluiu debates sobre eólicas offshore, gás natural e biometanos, segurança energética e transição climática. O CEO da CEMIG, Reynaldo Passanezi, foi entrevistado e um protocolo de cooperação foi assinado entre a Agência para a Energia – ADENE, de Portugal, e o Polo SEBRAE de Energias Renováveis, consolidando parcerias internacionais em energias renováveis. Este primeiro dia foi marcado por uma atmosfera de colaboração e troca de conhecimentos, destacando a importância de iniciativas conjuntas para enfrentar os desafios do setor energético.

No segundo dia do EVEx, a CCEE continuou a se destacar com a participação da Vice-Presidente do Conselho de Administração, Gerusa Côrtes, no painel “Rota do Mercado Livre de Energia: abertura, desafios e oportunidades”. Côrtes abordou os desafios e oportunidades na migração dos consumidores de alta tensão para o mercado livre de energia, destacando as conquistas da Câmara na simplificação das operações e na modernização da infraestrutura tecnológica. Em seu discurso, ela ressaltou o foco da CCEE em oferecer uma jornada mais ágil e facilitada para os agentes do setor e para os consumidores, sem comprometer a segurança. “Queremos ser promotores de uma abertura de mercado que seja saudável, previsível e contínua”, afirmou Côrtes. Ela dividiu o palco com Fernando Mosna, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), e Camila Schoti, Diretora Executiva de Marketing e Growth da (re)energisa, reforçando a colaboração entre diferentes entidades para a modernização do setor elétrico brasileiro.

Durante o segundo dia do evento, foram entregues dois reconhecimentos de personalidade do ano para Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte, e Wagner Ferreira, Diretor Institucional e Jurídico da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), em reconhecimento por suas contribuições ao setor energético. O EVEx também incluiu discussões sobre o uso sustentável da terra, infraestruturas energéticas, eletrificação, geração distribuída e os desafios específicos do Nordeste brasileiro, reforçando a necessidade de um planejamento integrado e sustentável para o desenvolvimento energético do país.

O EVEx 2024 não apenas consolidou a posição da CCEE como uma força motriz no setor energético, mas também destacou a importância de iniciativas colaborativas e inovadoras para enfrentar os desafios globais da transição energética. A participação ativa da CCEE no evento, abordando temas cruciais como a transição energética justa, industrialização verde e hidrogênio de baixo carbono, reforça seu compromisso contínuo com a sustentabilidade e inovação no setor elétrico brasileiro.

À medida que o Brasil continua a buscar soluções para uma matriz energética mais sustentável e eficiente, as discussões e colaborações promovidas pelo EVEx servirão como um guia importante. A CCEE, com sua visão de se tornar referência mundial na operação de mercados de energia, está na vanguarda dessas mudanças, promovendo uma abertura de mercado saudável e previsível, enquanto trabalha para simplificar operações e modernizar sua infraestrutura tecnológica. Com debates que abrangem desde a abertura do mercado livre até o hidrogênio verde, a Câmara continua a ser uma força motriz na busca por um futuro energético mais sustentável e eficiente para o Brasil.

Artigos relacionados

Rodeio de Eletricistas: Profissionais da CPFL Paulista Brilham em Competição de Segurança

Competição reúne profissionais em provas práticas que simulam desafios reais na operação de redes elétricas, com foco em...

Demanda de Carga no SIN Apresenta Menor Crescimento em Outubro

Projeções do ONS indicam que a afluência de energia permanecerá abaixo da média em diversos subsistemasA demanda de...

Novo PL Aprovado no Senado Pode Transformar a Iluminação Pública Brasileira

Proposta já aprovada pelo Senado está em análise na Câmara e visa substituir lâmpadas antigas por tecnologias mais...

Alerta do TCU: Atrasos nas Obras da Usina Nuclear de Angra 3 Podem Comprometer...

Auditoria revela problemas contratuais críticos e destaca riscos para a finalização do projeto que pode gerar 1.405 MW...