Parceria estratégica entre CTG Brasil, SENAI Pernambuco, Thymos Energia e Wisebyte visa impulsionar energia limpa e reduzir dependência de combustíveis fósseis na região
A CTG Brasil, uma das principais empresas de geração de energia limpa no Brasil, está avançando com um projeto inovador no Complexo Termelétrico Azulão 950, localizado em Silves, Amazonas. Em colaboração com o Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs) de Pernambuco, Thymos Energia e Wisebyte, a empresa está desenvolvendo um sistema de armazenamento de energia em baterias e uma pequena usina solar fotovoltaica nas instalações da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, situada entre os municípios de Ilha Solteira e Selvíria, no rio Paraná.
Esse projeto faz parte do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ANEEL (PDI ANEEL) e incluirá a construção de um laboratório de armazenamento eletroquímico de energia, conectado à usina solar fotovoltaica composta por aproximadamente 900 módulos solares. O objetivo é aumentar a flexibilidade de geração e a estabilidade do sistema elétrico, além de contribuir para a redução dos custos da eletricidade.
Sergio Fonseca, Diretor de Desenvolvimento de Negócios e PDI da CTG Brasil, destacou a importância estratégica do projeto para a empresa e para o setor energético nacional. Ele enfatizou que o investimento não só impulsionará a geração limpa de energia, mas também abrirá caminho para o desenvolvimento de um mercado de serviços ancilares no Brasil. “Estamos comprometidos em desenvolver soluções inovadoras que possam contribuir significativamente para a transição energética do país”, afirmou Fonseca.
Jovanio Santos, Diretor de Novos Negócios da Thymos Energia, ressaltou que o projeto será um case importante para o desenvolvimento de regulações que permitam a utilização de baterias em larga escala no sistema elétrico brasileiro. Ele explicou que os estudos técnicos conduzidos em parceria com o SENAI Pernambuco, Thymos Energia e Wisebyte explorarão diversas aplicações para os sistemas de baterias, incluindo o fornecimento de serviços ancilares e o controle de oscilações na rede elétrica.
Além do desenvolvimento dos sistemas de armazenamento de energia, o projeto incluirá o desenvolvimento de sistemas computacionais utilizando tecnologias de inteligência artificial. Esses sistemas ajudarão a otimizar a relação custo-benefício para a implantação de baterias em projetos de grande escala, como usinas hidrelétricas, eólicas e solares.
A capacidade instalada da usina fotovoltaica será de 500 kWp (quilowatt-pico), o que permitirá gerar energia elétrica equivalente ao consumo de mais de 380 residências. As baterias terão capacidade de armazenamento de 100 kWh, projetadas para atender inicialmente ao consumo da CTG Brasil na região, mas com potencial para futuras expansões e aplicações complementares.
O investimento total no projeto será de aproximadamente R$ 15 milhões, com mais de R$ 12 milhões provenientes do programa de P&D da ANEEL e o restante financiado pela Plataforma Inovação para a Indústria do SENAI, Thymos Energia, Wisebyte e outras contrapartidas. As obras estão programadas para iniciar no segundo semestre de 2024, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2025.
Gustavo Leal, diretor-geral do SENAI, enfatizou que o projeto é um exemplo concreto da colaboração entre instituições de pesquisa, indústria e governo para promover a inovação no setor energético. Ele destacou que iniciativas como essa são fundamentais para o desenvolvimento tecnológico e econômico do país.
O projeto também servirá como um laboratório de treinamento para as equipes técnicas da CTG Brasil, oferecendo oportunidades para testes e simulações de novos equipamentos e tecnologias. Esta iniciativa complementa os investimentos da CTG Brasil em outras usinas hidrelétricas e parques eólicos pelo país, consolidando sua posição como líder em geração de energia limpa com 9.3 GW de capacidade instalada e em construção.
Além disso, a parceria entre o SENAI e a CTG Brasil resultou em outras iniciativas, como o Edital da Mobilidade Internacional para China, que proporcionará a três pesquisadores do SENAI a oportunidade de conhecerem o ecossistema de inovação em energia na China. Esta troca de conhecimentos e experiências é essencial para o desenvolvimento contínuo de soluções energéticas sustentáveis no Brasil e globalmente.
