Demanda de Carga de Junho Mantém Crescimento no Sistema Interligado Nacional

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Expansão de 6,2% Reflete Tendência Positiva Observada nos Meses Anteriores, Revela ONS

A demanda de carga elétrica no Brasil deve continuar sua trajetória de crescimento em junho, conforme aponta o boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A previsão para o Sistema Interligado Nacional (SIN) é de uma aceleração de 6,2%, alcançando 75.821 MWmed. Este aumento reflete uma tendência de expansão que vem se consolidando nos meses anteriores e abrange todos os subsistemas regionais do SIN.

O Norte do país deve registrar a maior taxa de crescimento, com um incremento de 7,9% (7.666 MWmed), seguido de perto pelo Sudeste/Centro-Oeste, que deve apresentar um avanço de 7,8% (43.268 MWmed). As regiões Nordeste e Sul também seguem esta tendência, com crescimentos projetados de 5,5% (12.602 MWmed) e 0,7% (12.285 MWmed), respectivamente.

Caso essas expectativas se confirmem, a carga elétrica encerrará o primeiro semestre de 2024 com um comportamento de crescimento significativo em comparação ao mesmo período de 2023. Essa expansão é um indicativo da recuperação e do fortalecimento da economia brasileira, refletindo um aumento na demanda por energia em diversos setores.

Desafios da Energia Natural Afluente e Energia Armazenada
Apesar do crescimento da demanda, as projeções para a Energia Natural Afluente (ENA) ao final de junho permanecem abaixo da Média de Longo Termo (MLT). O subsistema Sul deverá registrar a ENA mais elevada, correspondendo a 93% da MLT. As demais regiões apresentam os seguintes percentuais: Norte, 70% da MLT; Sudeste/Centro-Oeste, 53% da MLT; e Nordeste, com apenas 40% da MLT.

Por outro lado, as estimativas para a Energia Armazenada (EAR) são mais otimistas. Todos os subsistemas devem terminar o mês de junho com patamares superiores a 65%. Destaque para as regiões Norte e Sul, que devem alcançar 91,8% e 77%, respectivamente. As regiões Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste seguem com perspectivas de 68,4% e 67,8%.

Custo Marginal de Operação Uniforme
O relatório também destaca que o Custo Marginal de Operação (CMO) está uniformizado em R$ 19,60 por MWh em todos os subsistemas. Esse valor reflete o equilíbrio na operação do sistema elétrico nacional e a gestão eficiente dos recursos energéticos disponíveis.

Para aqueles interessados em mais detalhes, segue o link do relatório completo.

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