Alckmin Afirma que Não Há Risco de Falta de Energia Apesar da Maior Seca desde a Década de 1950

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Vice-presidente ressalta ações preventivas e acionamento de térmicas como medidas para garantir a segurança energética no Brasil

Em meio à pior seca registrada no Brasil desde a década de 1950, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, descartou qualquer risco de falta de energia no país. Durante coletiva de imprensa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesta quinta-feira (5), Alckmin assegurou que o governo está preparado para enfrentar a crise hídrica e garantir a oferta energética.

Alckmin destacou que, apesar da redução significativa nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já aprovou medidas preventivas para assegurar o fornecimento de energia. Entre essas ações está o possível acionamento das usinas térmicas, que serão ativadas caso necessário, para evitar interrupções no abastecimento.

“A ONS já tomou a decisão de acionar as térmicas, mas é importante destacar que não há risco de faltar energia no país”, afirmou o vice-presidente.

Impacto das Mudanças Climáticas

Alckmin também relacionou a seca e as altas temperaturas registradas no Brasil às mudanças climáticas globais, apontando que os países situados nos trópicos, como o Brasil, serão os mais afetados por essas transformações. Ele alertou que o fenômeno da redução de chuvas combinado com temperaturas acima da média histórica reforça a necessidade de ações de mitigação.

Segundo o vice-presidente, a preservação das florestas tropicais é uma das principais medidas para conter os impactos do aquecimento global. Alckmin ressaltou a importância de proteger ecossistemas no Brasil, Indonésia e Congo, como parte de um esforço global para conter o avanço das mudanças climáticas.

“O Brasil tem feito sua parte. Reduzimos o desmatamento em 50% em 2023 e estamos alcançando uma queda adicional de 32% neste ano”, destacou Alckmin, em referência aos avanços obtidos nas políticas ambientais do governo federal.

Compromisso com a Descarbonização

Durante a entrevista, Alckmin reafirmou o compromisso do Brasil com a agenda de descarbonização, ressaltando que as iniciativas já adotadas devem resultar em uma redução de 280 milhões de toneladas de emissões de carbono ao longo dos próximos 15 anos. Ele lembrou a experiência vivida durante seu governo em São Paulo, em 2014, quando, diante da crise hídrica, a Sabesp teve que utilizar o volume morto do Sistema Cantareira para manter o abastecimento da população.

Na ocasião, a interligação de sistemas permitiu que São Paulo superasse a crise sem racionamento de água. A experiência, segundo o vice-presidente, demonstra a importância de medidas preventivas e de gestão eficiente dos recursos hídricos e energéticos.

“A crise de 2014 nos ensinou que a gestão integrada de sistemas é crucial para evitar colapsos. Agora, com as medidas que estão sendo tomadas, como o acionamento das térmicas, estamos preparados para enfrentar os desafios que o futuro climático nos reserva”, concluiu Alckmin.

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