Ministro Alexandre Silveira Reforça Necessidade de Plano de Contingência para Segurança Energética até 2026

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Em resposta à seca severa e ao baixo nível dos reservatórios, Silveira solicita ao ONS um plano emergencial para garantir estabilidade energética no Brasil

O Brasil enfrenta um desafio significativo na segurança energética devido à seca severa que tem afetado o país nos últimos meses. Em resposta a essa crise, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou ao Operador Nacional do Sistema (ONS) a elaboração de um plano de contingência para assegurar a estabilidade energética do país até 2026. A recomendação foi feita durante uma reunião com os diretores do ONS na manhã desta terça-feira, 3 de setembro, em Brasília, às vésperas da 295ª reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

Desafios Causados pela Seca

Os últimos meses foram marcados por uma seca histórica nas regiões sudeste e centro-oeste do Brasil. Entre junho e agosto deste ano, o país registrou o menor volume de chuvas nos últimos 94 anos. Esta situação tem causado uma diminuição crítica nos níveis dos reservatórios, colocando em risco a estabilidade do fornecimento de energia elétrica.

“A seca acima da média que vem castigando diversas regiões do país tem exigido de nós, gestores do setor elétrico, que tomemos medidas urgentes. A segurança energética do Brasil é uma prioridade do governo Lula”, afirmou o ministro Silveira. A crise hídrica forçou uma revisão urgente das estratégias para garantir o fornecimento contínuo de energia, levando à necessidade de ações emergenciais.

Plano de Contingência e Ações Propostas

O plano de contingência solicitado pelo ministro inclui várias medidas para mitigar os impactos da seca sobre o sistema elétrico. Dentre as ações propostas, destaca-se o aumento no acionamento das termelétricas. Com o volume de água nos reservatórios em níveis críticos, a previsão é de que entre 70% e 80% das termelétricas sejam ativadas para garantir a segurança energética do país.

As termelétricas, que utilizam combustíveis fósseis para gerar energia, podem fornecer uma fonte crucial de eletricidade quando a geração hidroelétrica, tradicionalmente a principal fonte de energia do Brasil, está comprometida. A ativação dessas usinas é uma resposta imediata para compensar a redução na geração hidroelétrica e evitar apagões.

Leilões de Reserva de Capacidade

Além das medidas emergenciais para enfrentar a seca, o Ministério de Minas e Energia (MME) também está avançando com a realização de leilões de reserva de capacidade. Estes leilões visam garantir a reserva de capacidade adicional para o sistema elétrico, assegurando que haja uma oferta de energia suficiente para cobrir possíveis lacunas e atender à demanda futura.

O MME abriu uma consulta pública para coletar contribuições sobre os leilões de reserva de capacidade, e a equipe técnica do ministério está consolidando as informações recebidas para iniciar os certames. Esses leilões são uma parte importante da estratégia para garantir que o Brasil tenha uma reserva de energia confiável e pronta para ser acionada em caso de necessidade.

Impacto e Expectativas Futuras

A implementação do plano de contingência e a realização dos leilões de reserva de capacidade são passos críticos para enfrentar a atual crise hídrica e garantir a segurança energética do Brasil a longo prazo. A resposta do governo federal e do setor elétrico à situação é essencial para manter a estabilidade do fornecimento de energia e minimizar os impactos econômicos e sociais da crise hídrica.

O sucesso dessas medidas dependerá da eficácia na execução das ações propostas e na capacidade do ONS e dos demais stakeholders em gerenciar a situação. O plano de contingência deverá ser monitorado e ajustado conforme necessário para enfrentar a evolução da crise hídrica e garantir a segurança energética do país até 2026.

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