Servidores da Regulação Aprovam Greve Nacional de 48 Horas em Resposta à Proposta Governamental

Data:

Compartilhe:

Profissionais rejeitam oferta do governo e intensificam Operação Valoriza Regulação, afetando serviços cruciais como portos, aeroportos e energia

Em assembleia realizada nesta segunda-feira pelo Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), os servidores decidiram por ampla maioria rejeitar a proposta apresentada pelo governo na Mesa de Regulação. Com 99% de rejeição, os profissionais consideraram que os parâmetros oferecidos ainda não atendem às condições mínimas necessárias para a valorização da categoria.

Além de recusar a proposta, os servidores deliberaram pela intensificação da Operação Valoriza Regulação em todo o país. Com 92% de aprovação, foi aprovada uma greve geral da categoria por 48 horas, marcada para os dias 31 de julho e 1 de agosto. Essa paralisação afetará serviços essenciais para a economia nacional, incluindo controle e fiscalização em portos, aeroportos, abastecimento de energia elétrica, água e outros serviços regulados, abrangendo cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Adicionalmente, os servidores planejaram uma ação coordenada entre as agências reguladoras para intensificar a fiscalização de infraestrutura e meios de transporte nos portos e aeroportos entre os dias 23 e 25 de julho, podendo impactar significativamente a malha aérea nacional.

O objetivo das medidas adotadas é chamar a atenção da sociedade para a importância da valorização da Regulação no Brasil e pressionar o governo a equiparar as carreiras das agências com as do Ciclo de Gestão. O Sinagências enfatiza que a pauta remuneratória não se limita a um simples índice de reajuste, mas sim a um reposicionamento que garanta o reconhecimento adequado e o fim das disparidades salariais em comparação com outras categorias do funcionalismo público.

Ministros de diversas pastas já manifestaram apoio às demandas dos servidores da Regulação, reconhecendo a necessidade de correção das distorções remuneratórias existentes. No entanto, o sindicato aguarda uma nova proposta do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) que contemple de maneira satisfatória as reivindicações apresentadas.

A proposta inicial do governo, apresentada na quarta reunião da mesa de regulação, foi considerada insuficiente pelos servidores. Enquanto a inflação medida pelo IGP-M acumulou 71,84% de janeiro de 2017 a junho de 2024, e o IPCA registrou alta de 45,35% no mesmo período, a oferta governamental propõe aumentos de até 21,4% para os cargos da carreira e até 13,4% para o Plano Especial de Cargos (PEC), divididos em duas parcelas até abril de 2026.

Diante desse cenário, o Sinagências reitera a importância da mobilização e participação dos servidores nas consultas e ações deliberadas para garantir um avanço significativo nas negociações e, assim, alcançar uma solução que beneficie a todos os profissionais da Regulação no país.

Artigos relacionados

Philco Investe em Energia Limpa e Celebra Compromisso Ambiental

A empresa reduz emissões de CO2 e se destaca no mercado com práticas ambientalmente responsáveisA Philco, conhecida por...

Incentivo Fiscal para Cooperativas de Energia em SC: Um Impulso ao Desenvolvimento Rural

Governo de Santa Catarina oferece crédito presumido de 20% no ICMS para cooperativas e concessionárias de energia elétrica...

Nestlé e Enel Brasil Formam Consórcio para Autoprodução de Energia Eólica e Abastecimento de...

Acordo inclui a criação de três consórcios de energia renovável no complexo Cumaru, no Rio Grande do Norte,...

Grupo Safra Amplia Suas Apostas no Setor Energético com Aquisição da Give Energia

Comercializadora de energia em fase pré-operacional reforça estratégia da holding em um mercado em expansãoA J. Safra Holding,...