Home Business Hospital Albert Einstein se torna autoprodutor de energia com projeto inovador em...

Hospital Albert Einstein se torna autoprodutor de energia com projeto inovador em parceria com a Engeform

Hospital Albert Einstein se torna autoprodutor de energia com projeto inovador em parceria com a Engeform

Com a implantação de uma usina eólica, a iniciativa não só reforça o compromisso com a sustentabilidade, mas também promete gerar economia de R$ 4 milhões anuais e reduzir em 21% as emissões de gases do efeito estufa

O Hospital Albert Einstein, um dos maiores e mais renomados centros de saúde do Brasil, acaba de dar um passo importante em direção à sustentabilidade. Em uma parceria estratégica com a Engeform Energia, o hospital migrará para o segmento de autoprodução de energia elétrica, com o objetivo de suprir uma parte significativa de sua demanda energética por meio de fontes renováveis. Esse movimento, que envolve a participação acionária do Einstein em uma usina eólica no estado de Pernambuco, marca um avanço não apenas para a instituição, mas também para o setor de saúde como um todo, que até então não se via inserido em modalidades de contratação de energia tão inovadoras e tecnicamente exigentes.

Com um consumo anual de 40 GWh, equivalente ao consumo de energia de uma cidade de aproximadamente 50 mil habitantes, o Hospital Albert Einstein, que integra uma rede de 80 unidades de saúde, ensino e pesquisa, busca não só otimizar seu modelo de consumo energético, mas também reduzir o impacto ambiental das suas operações. Agora, com a parceria firmada com a Engeform, que se comprometeu a investir em um complexo eólico de 45 megawatts (MW) de potência, o hospital passará a ser responsável por aproximadamente 20% da produção de energia da planta, com a expectativa de que cerca de 60% de sua demanda de eletricidade seja suprida por essa fonte renovável.

Sidney Klajner, presidente do hospital, destacou a importância dessa ação dentro da agenda de descarbonização da instituição, alinhada com as metas de ESG (ambientais, sociais e de governança) que o Einstein estabeleceu para o período de 2023 a 2028. “Estamos avançando na transição energética por meio de diversas iniciativas, como o uso de energia renovável, instalação de placas solares e práticas de eficiência energética. A parceria com a Engeform é uma extensão natural dessa jornada, que nos permite fazer uma contribuição significativa para a Agenda 2030, ao mesmo tempo em que tornamos nossas operações mais sustentáveis”, afirmou Klajner.

O projeto não só representa um marco na redução das emissões de gases do efeito estufa, mas também reflete um compromisso do hospital com as questões globais de saúde, que, conforme aponta Klajner, devem incluir ações contra as mudanças climáticas. “As previsões indicam que, até 2030, os impactos do aquecimento global poderão causar até 250 mil mortes anuais, apenas em função de doenças relacionadas à desnutrição e outras condições ligadas às mudanças climáticas. Por isso, organizações como a nossa, que têm um compromisso com a saúde e o bem-estar da população, não podem se limitar ao atendimento médico. Precisamos também atuar ativamente na mitigação dos danos que essas mudanças podem causar”, conclui o presidente.

Em termos práticos, a participação do Einstein no complexo eólico de Serra das Vacas, localizado em Pernambuco, trará uma redução de 21% nas emissões de gases do efeito estufa do hospital, um benefício significativo no esforço de descarbonização das suas operações. Além disso, o hospital planeja reinvestir a economia de cerca de R$ 4 milhões por ano gerada pela adoção da energia eólica em novos projetos, reforçando seu caráter filantrópico e seu compromisso com a inovação e melhoria contínua de seus serviços.

Um dos principais atrativos da migração para a autoprodução de energia é a vantagem econômica. No Brasil, consumidores do mercado regulado pagam, em média, tarifas superiores a R$ 700 por MWh, enquanto consumidores do mercado livre podem ter uma redução de até 30% no valor da tarifa. O modelo de autoprodução, que inclui a locação de energia proveniente da usina eólica, oferece uma economia ainda maior, além da isenção de encargos que são aplicados a outros consumidores. Dessa forma, o Einstein não só diminui seus custos operacionais, mas também se torna mais competitivo, um fator crucial para uma organização de saúde filantrópica que atende milhões de brasileiros.

Gilberto Feldman, CEO da Engeform, e Bruno Santo, diretor de comercialização de energia da empresa, explicaram que o projeto foi viabilizado por meio de uma concorrência, e destacaram que o modelo de autoprodução de energia, até então mais comum em setores como mineração, siderurgia e cimenteiras, tem ganhado crescente adesão em outros segmentos, como saúde e saneamento.

“Essa parceria com o Einstein é a primeira entre uma grande rede hospitalar no Brasil e uma usina eólica. É um modelo de negócios que traz não só benefícios econômicos, mas também impactos positivos para a sustentabilidade da instituição e para a sociedade como um todo”, afirmou Feldman.

Essa colaboração inovadora entre o Hospital Albert Einstein e a Engeform Energia não é apenas um marco no setor hospitalar, mas também uma inspiração para outras instituições de saúde que buscam se alinhar às tendências de sustentabilidade e redução de custos. À medida que mais empresas do setor adotam a autoprodução de energia, a expectativa é que esse tipo de modelo se torne cada vez mais acessível, especialmente para organizações com grandes demandas energéticas. Além disso, iniciativas como essa podem impulsionar ainda mais a geração de energia renovável no Brasil, alinhando as metas de descarbonização com as necessidades de consumo do setor privado.

NO COMMENTS

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Exit mobile version