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Gastos com Energia Renovável Podem Ser Deduzidos do Imposto de Renda, Proposta Avança na Câmara dos Deputados

Gastos com Energia Renovável Podem Ser Deduzidos do Imposto de Renda, Proposta Avança na Câmara dos Deputados

Câmara discute medida que incentiva geração descentralizada e sustentável de energia, com impactos ambientais e econômicos positivos.

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) um projeto de lei que permitirá aos contribuintes deduzir do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) os gastos com equipamentos destinados à geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis. A proposta, apresentada no Projeto de Lei 752/24, inclui como despesa dedutível até 8% dos rendimentos anuais.

Caso a medida seja aprovada, será uma das primeiras iniciativas tributárias voltadas diretamente para incentivar a geração descentralizada de energia renovável no Brasil, contemplando sistemas solares, eólicos e, agora, também o biogás.

Como funciona a dedução no IR

Atualmente, a Lei 9.250/95 permite que despesas como saúde, educação, dependentes e previdência sejam deduzidas do IR. O projeto de lei busca incluir os investimentos em equipamentos para geração de energia renovável nessa lista.

Principais pontos da proposta:

  • Limite de dedução: A dedução será limitada a 8% do total dos rendimentos anuais declarados.
  • Fontes renováveis contempladas: O texto menciona explicitamente energia solar, eólica e, com a emenda do relator, o biogás.
  • Benefício ampliado: A inclusão do biogás possibilita que produtores rurais aproveitem resíduos agropecuários para gerar energia, promovendo economia e sustentabilidade no campo.

Incentivos para geração descentralizada

O autor do projeto, deputado Átila Lins (PSD-AM), defendeu que a dedução tributária pode acelerar a adoção de fontes renováveis, resultando em benefícios econômicos e ambientais.

“A medida incentiva a produção descentralizada de energia elétrica, reduzindo a dependência de grandes geradores e promovendo maior eficiência e sustentabilidade para o sistema elétrico brasileiro.”

O relator do projeto, deputado Keniston Braga (MDB-PA), destacou o impacto positivo da inclusão do biogás “Essa tecnologia permite a conversão de resíduos agropecuários em energia elétrica, representando uma alternativa vantajosa para os produtores rurais e contribuindo para a gestão ambiental.”

Próximos passos e tramitação

O projeto de lei tramita em caráter conclusivo, o que significa que, se aprovado em todas as comissões da Câmara, pode seguir diretamente para o Senado, sem necessidade de passar pelo Plenário. Ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Se aprovado, o Brasil pode dar um passo importante na promoção de fontes de energia limpas e na democratização do acesso à geração de energia renovável, ao mesmo tempo que incentiva a sustentabilidade econômica e ambiental.

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