Home Geração Nuclear Sistema de proteção evita retirada ilegal de material radiativo em Angra 2

Sistema de proteção evita retirada ilegal de material radiativo em Angra 2

Sistema de proteção evita retirada ilegal de material radiativo em Angra 2

Alarme acionado e protocolos rigorosos garantiram a segurança na usina nuclear; trabalhador temporário foi desligado por violação grave

A Eletronuclear confirmou que, na última quarta-feira (27), os sistemas de Proteção Radiológica da Usina Angra 2 frustraram uma tentativa de retirada não autorizada de material da área controlada. O incidente envolveu um trabalhador temporário contratado para a parada de manutenção, que tentou remover uma peça metálica da tampa de acesso à câmara primária do gerador de vapor. O objeto, considerado rejeito radiativo, deveria seguir os procedimentos de descarte previstos nas normas de segurança.

Ação rápida impediu riscos maiores

O sistema de monitoramento detectou a irregularidade no primeiro dos três pontos de controle, ainda dentro da área de contenção. Alarmes automáticos alertaram a equipe de técnicos de proteção radiológica, que imediatamente iniciou os procedimentos de investigação. Foi identificada contaminação radiativa superficial nos braços e na parte frontal do corpo do colaborador, o que exigiu descontaminação imediata.

O processo foi conduzido com eficiência, eliminando qualquer risco à saúde do trabalhador e dos demais presentes. Durante a apuração, a peça metálica foi encontrada em uma lixeira na sala de descontaminação pessoal, indicando uma tentativa deliberada do funcionário de ocultar o material após o acionamento do alarme.

Desligamento imediato e reforço nas normas

Diante da gravidade da violação, o trabalhador temporário recebeu um Relatório de Violação Radiológica e foi desligado pela empresa terceirizada responsável pela sua contratação. A Eletronuclear reforçou que todos os dispositivos e procedimentos funcionaram conforme planejado, garantindo que o material permanecesse sob controle e a saúde dos colaboradores fosse preservada.

O objeto foi isolado e devidamente tratado como rejeito radiativo, seguindo os protocolos da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).

Transparência e segurança como pilares

Embora o incidente não exigisse comunicação obrigatória, a Eletronuclear informou prontamente a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e reiterou seu compromisso com a transparência e segurança. “É fundamental que qualquer fato programado ou inesperado seja comunicado à sociedade e às autoridades, reforçando a confiança em nossas operações”, destacou a empresa.

Além disso, a Eletronuclear enfatizou que a segurança de seus colaboradores, da comunidade e do meio ambiente é sua prioridade máxima. “Mesmo em situações inesperadas, nossos sistemas provaram sua eficácia, garantindo que protocolos e procedimentos protejam todos os envolvidos.”

A tentativa de retirada ilegal serve como um alerta para a importância de seguir rigorosamente os procedimentos de segurança nuclear. A Eletronuclear afirmou que continuará investindo em treinamento e conscientização, além de aprimorar mecanismos para evitar futuros episódios similares.

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