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Migrações para o Mercado Livre de Energia Batem Recorde em 2024 com 21 Mil Novos Consumidores

Com um aumento de quase três vezes em relação a 2023, o mercado livre de energia atrai pequenas e médias empresas, consolidando São Paulo como líder em adesões

Em 2024, o mercado livre de energia no Brasil vive uma onda migratória sem precedentes. Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), entre janeiro e outubro, foram contabilizadas 20.973 migrações de novos consumidores para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), volume que representa um aumento de 183% em comparação com todo o ano de 2023, quando o total foi de 7.397 migrações. Este recorde reflete uma tendência crescente entre consumidores, especialmente pequenas e médias empresas, em buscar maior liberdade de negociação e controle sobre os custos de energia.

Com a flexibilização do acesso ao mercado livre, onde os consumidores podem escolher seu fornecedor de energia, 77% das novas adesões são compostas por pequenos e médios negócios, incluindo padarias, supermercados, farmácias e escritórios. Esse perfil de consumidor ingressa no ACL por meio de comercializadoras varejistas, que atuam como intermediárias junto à CCEE, permitindo que negócios menores se beneficiem das vantagens do mercado livre sem lidar diretamente com a CCEE.

De acordo com Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, o movimento em direção ao mercado livre coloca o consumidor no centro das operações e é um fator que estimula a modernização e competitividade no setor. “A liberdade de escolha, com o consumidor no centro do negócio, gera mais competitividade, promove a modernização do setor e, consequentemente, pode resultar em uma energia mais barata. A CCEE tem liderado uma verdadeira força-tarefa no setor para garantir que as migrações sigam de forma contínua, gradual e sustentável,” destacou Ramos. Para garantir essa expansão, a CCEE investiu em tecnologia e simplificou processos, com uma revisão de regras que visa tornar o ambiente mais acessível para todos.

Adesões por Estado e Setores da Economia

O levantamento da CCEE mostra que o estado de São Paulo lidera o número de migrações em 2024, com mais de 6.800 novos consumidores no mercado livre, seguido pelo Rio Grande do Sul, que registrou 2.131 adesões. Outros estados que se destacaram foram Rio de Janeiro (1.709), Paraná (1.588) e Minas Gerais (1.381). Juntos, os estados do Sudeste representam 50% das novas adesões, evidenciando a força econômica da região e a busca de empresas locais por alternativas de energia mais competitivas.

Os setores que mais contribuíram para esse aumento foram Comércio e Serviços, responsáveis por cerca de metade das novas migrações, com mais de 10 mil novas adesões. O setor de Manufaturados também teve destaque, somando mais de 2,4 mil migrações, seguido pelo setor Alimentício, com 2,3 mil novos consumidores no ACL. Esses dados refletem a diversidade de perfis que agora fazem parte do mercado livre de energia, demonstrando a versatilidade do ACL em atender a demandas específicas de diferentes setores econômicos.

O Crescimento e os Benefícios do Mercado Livre de Energia

O mercado livre de energia permite que consumidores escolham entre diferentes fornecedores de eletricidade, negociando preços e condições contratuais, ao contrário do mercado regulado, onde as tarifas são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Essa liberdade de escolha é particularmente atrativa em um cenário de variações nos preços da energia, pois possibilita aos consumidores maior controle sobre os custos energéticos.

No total, o mercado livre brasileiro conta hoje com 58.875 unidades consumidoras, das quais 18.344 operam sob a representação de comercializadoras varejistas e 40.531 atuam diretamente na CCEE. A adesão ao mercado livre de energia se torna ainda mais vantajosa para empresas que buscam redução de custos operacionais, especialmente em setores de alto consumo energético, que conseguem maior previsibilidade e segurança no fornecimento de energia.

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