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PROCEL: Indústrias de Cinco Estados Poderão Receber Apoio Financeiro para Diagnósticos Energéticos em Sistemas de Ar Comprimido

Indústrias de Cinco Estados Poderão Receber Apoio Financeiro para Diagnósticos Energéticos em Sistemas de Ar Comprimido

Chamada pública selecionará 170 empresas interessadas em implementar medidas de eficiência energética, com inscrições até 29 de novembro

O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) lançaram uma chamada pública destinada a selecionar até 170 indústrias nos estados do Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul para participarem do projeto “Eficiência Energética em Sistemas de Ar Comprimido em Indústrias.” Em parceria com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), a iniciativa oferece apoio financeiro para diagnósticos energéticos especializados, com o objetivo de promover a eficiência nos sistemas de ar comprimido — amplamente utilizados no setor industrial. As empresas interessadas podem se inscrever até o dia 29 de novembro de 2024.

O anúncio foi feito durante um webinar realizado nesta quarta-feira (30/10), onde representantes do MME e da ENBPar detalharam o projeto e esclareceram dúvidas dos participantes. Samira Sousa, coordenadora-geral de Eficiência Energética do MME, destacou a importância de focar nos sistemas de ar comprimido devido ao seu alto uso nas indústrias. “Queremos que esses sistemas sejam geridos de forma eficiente, ajudando as empresas a reduzirem custos tanto de energia elétrica quanto de produção”, afirmou Samira.

Por Que Ar Comprimido?

O ar comprimido é amplamente utilizado em diversas indústrias e é considerado um dos maiores consumidores de energia elétrica dentro das plantas industriais. Estudos indicam que sistemas de ar comprimido podem ser responsáveis por até 30% do consumo de energia de uma indústria. No Brasil, o setor industrial responde por aproximadamente 40% do total de consumo de energia elétrica, segundo o Balanço Energético Nacional, o que ressalta o potencial de economias significativas com medidas de eficiência.

Além de reduzir o consumo de energia elétrica, a otimização desses sistemas traz vantagens competitivas, permitindo que as empresas alcancem economia financeira e maior sustentabilidade. “Os estados escolhidos para a chamada pública possuem um grande número de empresas que podem se beneficiar do projeto e que têm potencial para aplicar soluções eficientes, o que gera um efeito multiplicador para toda a indústria brasileira,” ressaltou Samira.

Apoio Internacional e Parcerias Técnicas

A chamada pública é apoiada pela Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, uma iniciativa promovida pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, e financiada pelo Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O projeto também conta com a consultoria técnica da Mitsidi, empresa contratada para prestar apoio técnico ao PROCEL e ao MME.

Segundo os organizadores, a parceria internacional trouxe expertise de ponta ao projeto, com metodologias de análise de eficiência energética adaptadas às condições específicas das indústrias brasileiras. Além disso, o investimento do governo alemão reforça o compromisso global com a descarbonização e a transição energética.

Oportunidades e Benefícios para as Indústrias

O investimento em sistemas de ar comprimido mais eficientes pode representar uma importante vantagem competitiva para as empresas, pois ajuda a reduzir custos operacionais e posiciona as indústrias no caminho da sustentabilidade. A chamada pública oferece uma oportunidade para empresas que buscam melhorar sua performance energética, mas que talvez não possuam recursos financeiros suficientes para realizar diagnósticos especializados por conta própria.

A melhoria da eficiência energética na indústria é um dos pilares das ações de descarbonização do MME, que incluem programas como a Nova Indústria Brasil, desenvolvidos para modernizar o setor e torná-lo mais sustentável. Segundo o MME, esse tipo de iniciativa é essencial para que o país atinja suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, previstas no Acordo de Paris.

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