Por Valdo Marques, Vice-Presidente Executivo da Stemac
Nos últimos anos, a combinação de alterações climáticas e a pressão crescente por um sistema energético mais robusto levou a um aumento na frequência de apagões e quedas no fornecimento de luz. Esses incidentes não apenas afetam a vida cotidiana da população, mas também têm repercussões sérias para as atividades empresariais. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 70% das indústrias se queixam de quedas de energia elétrica.
A instabilidade no fornecimento constante é um fator crítico a ser considerado na gestão da produtividade empresarial. É fundamental que as empresas e o governo estejam preparados para lidar com essa realidade, buscando soluções que minimizem o impacto das interrupções no fornecimento de energia.
A Agência Internacional de Energia (AIE) alerta que as mudanças climáticas podem afetar tanto a geração quanto a transmissão e distribuição de energia, exacerbando a vulnerabilidade do sistema – desde períodos de estiagem, prejudicando a geração nas usinas hidrelétricas, até as tempestades cada vez mais frequentes, que afetam as redes de transmissão e distribuição, gerando longas interrupções no fornecimento da energia.
Em um contexto de crescente pressão por soluções que garantam a continuidade das operações, os grupos geradores de energia se apresentam como a alternativa mais eficaz do mercado, tanto para empresas que desejam manter a produtividade como para o uso residencial, na busca de segurança e conforto. Mesmo diante das incertezas climáticas, esses sistemas oferecem uma solução imediata e confiável, mitigando os efeitos das interrupções no fornecimento da rede principal e garantindo que as operações não sejam comprometidas.
A falta da energia pode causar prejuízos relevantes para diversas áreas. Restaurantes e comércios são muito penalizados, com alimentos perecendo e a impossibilidade de atender clientes durante a falta de energia. Para os hospitais, a queda pode resultar em consequências ainda mais graves, colocando em risco a vida de pacientes; já para a indústria, afeta a produtividade do setor, acarretando prejuízos financeiros.
O futuro do setor energético brasileiro está diretamente relacionado à capacidade de enfrentar os desafios impostos pela crise climática. Os agentes do setor elétrico precisam compreender que esse fenômeno não é temporário e implementar medidas que garantam não apenas a recuperação econômica, mas também a resiliência necessária para lidar com esse novo cenário ambiental.