Iniciativa transforma o estado em potência de energia renovável com potencial de crescimento de 50 vezes, destacando a capacidade do Amapá para liderança global em energia solar
O Amapá deu um passo significativo em direção à transformação de sua matriz energética e ao fortalecimento de seu papel na economia global com a introdução do primeiro Atlas Solar do estado. O lançamento, realizado na segunda-feira, 26, contou com a presença do governador Clécio Luís e do senador Davi Alcolumbre, e marca um avanço crucial para garantir a segurança energética e o desenvolvimento sustentável da região.
Transformação Energética e Desenvolvimento Sustentável
O Atlas Solar, resultado de dois anos de estudos detalhados, revela o imenso potencial do Amapá para a produção de energia solar fotovoltaica. Com dados georreferenciados que identificam as áreas mais promissoras para a geração de energia solar, o projeto estimou que o estado possui uma capacidade instalável de 56 gigawatts. Esse valor representa 50 vezes a atual produção energética do estado e corresponde a 25% da capacidade nacional, além de ser o dobro da produção da Usina Hidrelétrica de Itaipu e duas vezes a capacidade da Hidrelétrica das Três Gargantas na China.
O governador Clécio Luís destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento econômico e social do Amapá. “Queremos liderar a vanguarda do desenvolvimento econômico e social com matriz verde e renovável, colocando o Amapá no mapa de investimentos solares do mundo. Estamos fazendo a nossa parte duas vezes: sendo o estado mais preservado do Brasil e diversificando nossa produção energética de forma limpa e sustentável”, afirmou Luís.
Iniciativa Pós-Apagão e Papel do Senador Davi Alcolumbre
O Atlas Solar surge como uma resposta proativa ao apagão que afetou o Amapá em 2020. O senador Davi Alcolumbre, que idealizou o projeto e assegurou uma emenda de R$ 5 milhões para sua realização, enfatizou a importância da energia solar para o futuro energético do estado. “O Amapá pode garantir a segurança energética e exportar energia limpa para todo o planeta, tornando-se a capital da margem equatorial”, disse Alcolumbre. Ele ressaltou que a energia solar não apenas permite a produção em larga escala através de usinas centralizadas, mas também possibilita a geração distribuída, onde cada pessoa pode produzir sua própria energia.
Perspectivas e Próximos Passos
O Atlas Solar é apenas o início de um projeto maior. Segundo o ex-senador Jean Paul Prates, um dos idealizadores do projeto, o Atlas Solar é o primeiro de três estudos planejados, com o próximo focado na energia eólica. Prates detalhou que serão realizadas medições de potencial solar e eólico em todo o território do Amapá e estados vizinhos, como Pará, Maranhão, e Piauí. “Eu e o senador Davi combinamos de destinar emendas para medir o potencial solar e eólico no Território do Amapá e nos estados vizinhos”, explicou Prates.
Além do lançamento do Atlas Solar, também foi inaugurada a pedra fundamental para a criação do Instituto da Margem Equatorial, uma iniciativa que visa consolidar o Amapá como um centro de excelência em energia renovável. O evento contou com a presença do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, do vice-governador do Amapá, Teles Júnior, e dos deputados estaduais Rodolfo Vale e Jory Oeiras, entre outras autoridades.
Impactos e Expectativas Futuras
O projeto do Atlas Solar não só posiciona o Amapá como um líder emergente no setor de energia solar, mas também promete trazer investimentos significativos e criar novas oportunidades econômicas. A iniciativa reflete um compromisso com a sustentabilidade e a inovação, alinhando o estado com as tendências globais em energias renováveis e contribuindo para uma matriz energética mais verde e diversificada.
Com o Atlas Solar, o Amapá está se preparando para se destacar no cenário global de investimentos em energia solar, aproveitando seu potencial natural e impulsionando seu desenvolvimento econômico e social.