Integração de fontes limpas e interligação de sistemas isolados contribuem para redução significativa das emissões de dióxido de carbono no setor elétrico brasileiro.
O Brasil alcançou em 2023 a menor taxa de emissão de dióxido de carbono (CO2) por megawatthora (MWh) gerado desde 2012, registrando apenas 38,5 kg de CO2 por MWh no Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa redução significativa, conforme dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é atribuída à crescente entrada de fontes limpas de energia, ao cenário hídrico favorável e às ações promovidas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para descarbonizar o setor.
No SIN, as usinas hidrelétricas responderam por cerca de 70% de toda a geração de energia elétrica, seguidas pela energia eólica, que representou 15% do total. A expansão da capacidade instalada em quase 20 gigawatts (GW) no ano passado, com destaque para as fontes solar e eólica, contribuiu significativamente para essa conquista, representando 69% e 25% do total, respectivamente.
Essas fontes renováveis têm reduzido a dependência das termelétricas fósseis, responsáveis por altas emissões de CO2. No entanto, as termelétricas ainda desempenham um papel importante na segurança eletroenergética do sistema.
A interligação de sistemas isolados ao SIN também desempenhou um papel crucial na redução do uso de fontes fósseis, especialmente em municípios como Parintins, Itacoatiara (AM) e Juruti (PA), que agora estão integrados ao sistema nacional. Essa integração não apenas aumentou a segurança e a qualidade do suprimento de energia nessas regiões, mas também contribuiu para a diminuição das emissões de CO2, reduzindo os gastos com a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
Em 2023, o Brasil economizou significativamente com CCC, totalizando R$1,3 bilhão, o que representa uma queda em relação aos anos anteriores e demonstra o sucesso das políticas de transição energética implementadas.
Esses avanços indicam uma mudança positiva rumo a um setor elétrico mais limpo e sustentável no Brasil.