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MME prorroga prazo para contribuições sobre harmonização regulatória do mercado de gás natural até 10 de junho

MME prorroga prazo para contribuições sobre harmonização regulatória do mercado de gás natural até 10 de junho

Prorrogação amplia participação social na construção do Pacto Nacional para o Desenvolvimento do Mercado de Gás Natural, que busca maior eficiência e segurança jurídica para o setor

Em mais um movimento para fortalecer a governança e a integração do mercado de gás natural no Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou, nesta terça-feira (27/05), a prorrogação do prazo da Tomada Pública de Contribuições (TPC) sobre a Harmonização Regulatória do Setor de Gás Natural. Com a decisão, publicada no Diário Oficial da União, o prazo para o envio de sugestões, que se encerraria em 24 de maio, foi estendido até o dia 10 de junho.

A iniciativa integra os esforços do MME para alinhar as diferentes regulamentações que regem o mercado brasileiro de gás natural, visando aumentar a eficiência, a segurança jurídica e a integração entre os entes reguladores. Trata-se de um passo estratégico na construção do Pacto Nacional para o Desenvolvimento do Mercado de Gás Natural, compromisso voluntário entre União e estados que pretende estabelecer bases mais sólidas e harmonizadas para o crescimento do setor.

Harmonização regulatória: um imperativo para o desenvolvimento do setor

O mercado de gás natural brasileiro é caracterizado por uma complexa teia regulatória, com competências compartilhadas entre União, estados e municípios. Essa diversidade normativa, embora decorrente do pacto federativo, gera desafios à integração dos mercados e à atração de investimentos. Nesse contexto, a harmonização regulatória surge como um imperativo para viabilizar um ambiente de negócios mais competitivo, eficiente e previsível.

Ao lançar a Tomada Pública de Contribuições, o MME busca construir soluções com ampla participação da sociedade, incluindo especialistas, empresas do setor, órgãos reguladores e consumidores. A ideia é que o resultado reflita um consenso mínimo sobre diretrizes que favoreçam a expansão segura e sustentável do mercado de gás natural.

Segundo o MME, o processo participativo visa também mitigar assimetrias regulatórias que impactam negativamente a eficiência das operações e o custo do gás natural, elemento fundamental para a transição energética e para a descarbonização da matriz energética brasileira.

Prorrogação amplia oportunidades de participação social

A decisão de estender o prazo de contribuições foi bem recebida pelos principais atores do setor de gás natural. Para entidades representativas e associações empresariais, o prazo adicional amplia as possibilidades de análises mais aprofundadas e de elaboração de propostas que contemplem a diversidade de interesses regionais e setoriais.

De acordo com o MME, o objetivo da prorrogação é assegurar que um número ainda maior de contribuições possa ser considerado no processo de formulação do Pacto Nacional. A Pasta destaca que o compromisso com a participação social e a transparência tem sido uma diretriz central na formulação de políticas públicas para o setor energético.

As sugestões devem ser enviadas por meio da Plataforma Participa+Brasil, ferramenta digital que centraliza as consultas públicas do governo federal, reforçando os princípios de governança participativa e de accountability.

Pacto Nacional para o Desenvolvimento do Mercado de Gás Natural

As contribuições coletadas nesta TPC poderão ser incorporadas ao Pacto Nacional para o Desenvolvimento do Mercado de Gás Natural, instrumento que se apresenta como uma das principais apostas do governo federal para impulsionar a expansão do setor.

O Pacto visa promover a convergência regulatória entre as legislações estaduais e federal, facilitando a operação dos agentes do mercado e garantindo maior previsibilidade aos investimentos. Além disso, busca estimular a expansão da infraestrutura de transporte e distribuição de gás, fomentar a competição, reduzir barreiras de entrada e, consequentemente, baixar o custo do insumo para a indústria e o consumidor final.

A harmonização das normas é considerada também um elemento-chave para o fortalecimento do Novo Mercado de Gás, política lançada nos últimos anos para transformar o Brasil em um ambiente mais atrativo para investimentos no segmento, especialmente diante das novas descobertas do pré-sal e da ampliação do uso do gás natural como fonte de energia de transição.

Próximos passos e importância estratégica

A expectativa é que, após o encerramento do prazo em 10 de junho, o MME proceda à análise das contribuições recebidas, consolidando uma proposta final que seja amplamente consensual e aplicável, respeitando as especificidades federativas, mas assegurando um nível mínimo de harmonização normativa.

Especialistas apontam que o sucesso desse processo será determinante para o futuro do mercado de gás no Brasil, com efeitos diretos na competitividade da indústria nacional, na segurança energética e na redução das emissões de gases de efeito estufa.

A extensão do prazo demonstra a disposição do governo federal em conduzir o processo com a máxima abertura e diálogo. Trata-se de mais uma etapa de um caminho que busca conciliar os interesses públicos e privados, promovendo um ambiente regulatório mais racional e funcional.

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