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A EDP oficializou a venda dos 20% restantes na usina termelétrica Pecém, no Ceará

A EDP oficializou a venda dos 20% restantes na usina termelétrica Pecém, no Ceará

Movimento marca encerramento definitivo da participação da empresa no ativo térmico brasileiro, alinhando-se à estratégia global de descarbonização e transição energética

A EDP, por meio da sua subsidiária EDP Brasil, oficializou a venda dos últimos 20% de participação na usina termelétrica Pecém, localizada no Ceará. A negociação foi firmada com a Diamante Geração de Energia Ltda., pelo valor de R$ 200 milhões, e está sujeita ao cumprimento de condições regulatórias e outras formalidades comuns em operações dessa natureza.

Com a conclusão deste negócio, a EDP encerra por completo sua participação no empreendimento, o que representa um passo estratégico dentro da política global do grupo, que visa acelerar a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

O comunicado foi divulgado em conformidade com o artigo 17.º do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, que trata de divulgação de informações relevantes ao mercado.

Descarbonização na Prática: EDP Reforça Compromisso Global

A alienação da participação na Pecém faz parte de um movimento já esperado pelo mercado. Nos últimos anos, a EDP vem executando uma estratégia robusta de descarbonização, alinhada às metas globais de redução de emissões e de ampliação da participação de fontes renováveis na matriz energética.

Ao se desfazer de ativos ligados à geração térmica a carvão, a EDP reafirma seu compromisso de zerar as emissões líquidas de carbono até 2040, além de retirar completamente as fontes fósseis do seu portfólio de geração até 2025.

O desinvestimento na Pecém não apenas se alinha à estratégia do grupo, como também reflete uma tendência crescente no setor elétrico mundial, que busca reduzir a dependência de fontes fósseis e acelerar a adoção de energias limpas.

Pecém: Histórico e Relevância no Setor Elétrico

A Usina Termelétrica Pecém, localizada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará, é uma das principais termelétricas a carvão do Brasil. O empreendimento possui capacidade instalada de cerca de 720 MW, sendo fundamental em momentos de acionamento térmico para garantia da segurança energética do sistema.

A saída da EDP do ativo ocorre em um contexto de transformação do setor elétrico brasileiro, que busca fortalecer a participação das fontes renováveis — como solar, eólica e biomassa — e reduzir a pegada de carbono da matriz elétrica nacional.

Diamante Geração Amplia Participação

Com a operação, a Diamante Geração de Energia Ltda. passa a deter 100% da usina Pecém, consolidando sua posição no setor de geração térmica. A empresa, que já era sócia da EDP no empreendimento, fortalece seu portfólio com a aquisição total do ativo.

Embora a movimentação de venda sinalize o afastamento da EDP do segmento térmico no Brasil, ela também evidencia oportunidades para players que mantêm estratégia voltada à geração convencional, especialmente como suporte em períodos de baixa geração hídrica ou intermitência das renováveis.

Brasil: Desafios e Oportunidades na Transição Energética

A saída da EDP de Pecém não altera, no entanto, sua presença estratégica no mercado brasileiro. A empresa segue investindo fortemente em energia renovável, com destaque para projetos de energia solar e eólica, além de avanços em digitalização, redes inteligentes e soluções de transição energética para clientes corporativos.

O movimento se soma a uma série de transações semelhantes observadas no setor elétrico brasileiro e global, onde empresas vêm revisando seus portfólios para atender às exigências dos compromissos climáticos, à pressão dos investidores e às novas demandas regulatórias.

Próximos Passos e Conclusão

O fechamento da operação ainda depende do cumprimento de condições regulatórias e outras formalidades típicas deste tipo de transação. Uma vez concluída, a EDP não manterá mais qualquer participação na usina Pecém, encerrando um ciclo que começou há mais de uma década.

Este marco reforça a transformação pela qual o setor elétrico global vem passando e posiciona a EDP como uma das protagonistas na corrida pela descarbonização e pela construção de uma matriz energética mais limpa, resiliente e sustentável.

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