Com novo aporte do FDNE, o Complexo Eólico Assuruá 5, da Omega Energia, fortalece a geração de energia limpa e sustentável na região, consolidando a Bahia como líder nacional em energia dos ventos
A energia eólica segue como vetor de desenvolvimento econômico e sustentável no Nordeste. A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) acaba de liberar um novo aporte de R$ 8,6 milhões, por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), destinado à expansão do Complexo Eólico Assuruá 5, localizado nos municípios de Gentio do Ouro e Xique-Xique, na Bahia.
O novo repasse tem como objetivo financiar parte da implantação de quatro parques eólicos que integram o complexo: Assuruá 5 I, II, IV e VI. Juntos, esses parques somam uma capacidade instalada de 549,8 megawatts (MW), fortalecendo ainda mais o protagonismo da Bahia no mapa da geração eólica nacional.
Este não é um investimento isolado. O Complexo Assuruá 5 já recebeu, até o momento, um total de R$ 556,4 milhões em financiamentos via FDNE, dentro de um investimento global que alcança R$ 979,2 milhões. A atuação da Sudene, portanto, tem sido determinante para alavancar não apenas este, mas diversos projetos estratégicos para a transição energética da região.
Bahia: líder eólica do Brasil
De acordo com o Boletim Anual 2024 da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), a Bahia concentra 48 parques eólicos, ocupando posição de destaque no setor. Em todo o Nordeste, já são 76 parques em operação, evidenciando a força dos ventos como matriz energética limpa e competitiva.
O investimento na geração eólica na região não apenas contribui com a diversificação da matriz elétrica brasileira, como também gera emprego, renda e desenvolvimento social nas regiões onde os projetos estão inseridos.
Impacto social, ambiental e econômico
Além dos benefícios energéticos, os projetos financiados contam com contrapartidas sociais e ambientais robustas. Segundo Heitor Freire, diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene, a Omega Energia, responsável pelo Complexo Assuruá 5, firmou compromissos que incluem:
- Programas de comunicação social e educação ambiental;
- Ações de proteção à saúde das comunidades locais;
- Geração de empregos com priorização de mão de obra local;
- Recuperação de áreas degradadas e controle de desmatamento;
- Programas de afugentamento, resgate e monitoramento da fauna local.
“O FDNE não é apenas uma ferramenta financeira, é uma alavanca para transformação social, econômica e ambiental no Nordeste”, afirma Danilo Cabral, superintendente da Sudene. “Cada real investido em energia limpa gera impactos positivos nas cadeias produtivas locais, nas comunidades e no fortalecimento da sustentabilidade regional”, completa.
A potência do Complexo Assuruá 5 e a expansão da Omega Energia
O Complexo Assuruá, operado pela Omega Energia, é formado por 15 empreendimentos, que atualmente somam 353 MW de capacidade instalada. Com os novos aportes e a expansão em andamento, a potência total do complexo será elevada para 808,1 MW, quase triplicando sua capacidade atual.
A atuação da Omega Energia não se restringe à Bahia. A empresa possui outros complexos eólicos e solares nos estados de Piauí, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e também nos Estados Unidos, reforçando sua posição como uma das maiores desenvolvedoras de energia renovável da América Latina.
Além dos quatro parques que receberam o repasse atual, o FDNE também financia os parques Assuruá 5 III e V, que, juntos, receberam R$ 257,6 milhões e têm capacidade de geração de 288 MW.
Desenvolvimento sustentável como estratégia de Estado
A Bahia, assim como outros estados nordestinos, tem se beneficiado de uma combinação favorável de políticas públicas, incentivos financeiros e um ambiente regulatório que favorece a expansão das energias renováveis. A atuação da Sudene com o FDNE reforça a importância do planejamento estratégico para desenvolvimento regional com sustentabilidade.
Além de gerar energia limpa, esses investimentos impulsionam o fortalecimento de cadeias produtivas, contribuem para a segurança energética do país e colocam o Nordeste na vanguarda da transição energética brasileira.
O futuro é dos ventos
O avanço dos projetos eólicos como o Assuruá 5 reflete uma tendência irreversível: a substituição gradual das matrizes fósseis por fontes renováveis, mais baratas, sustentáveis e alinhadas às metas climáticas globais.
O papel da Sudene, ao fomentar esse tipo de empreendimento, consolida-se como agente fundamental no processo de transformação econômica do Nordeste, provando que desenvolvimento e sustentabilidade podem, e devem, caminhar juntos.