Seminário promovido pela Fundação Getulio Vargas destaca temas como transição energética, descarbonização, inteligência artificial e segurança no abastecimento em cenário global de transformação
No dia 29 de maio de 2025, o setor energético brasileiro volta seu olhar para o Rio de Janeiro, onde será realizado o 12º Seminário Sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, promovido pela FGV Energia. O evento, sediado no Centro Cultural da Fundação Getulio Vargas, consolida-se como um dos principais fóruns de discussão estratégica sobre os rumos da energia no Brasil.
Desde sua criação, o seminário já reuniu mais de 3.300 participantes, com a presença de 165 autoridades governamentais e empresariais e apoio de mais de 40 empresas nacionais e internacionais. Nesta edição, a programação abrange tópicos de alta relevância como transição energética, descarbonização, fontes renováveis, segurança energética, eventos climáticos extremos, além de um olhar inovador sobre inteligência artificial generativa aplicada à produção e consumo de energia.
Com o Brasil se destacando no cenário global como potência em fontes renováveis e matriz energética limpa, o evento busca fomentar um debate técnico e estratégico que ajude a consolidar políticas públicas e soluções de mercado para garantir segurança energética com sustentabilidade e inovação.
Um painel de especialistas e autoridades de peso
Entre os nomes confirmados estão Magda Chambriard, presidente da Petrobras; Décio Oddone, diretor-presidente da Brava Energia; Olivier Bahabanian, presidente da TotalEnergies no Brasil; Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP); Thiago Barral, secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia; Maurício Tolmasquim, diretor executivo de Transição Energética da Petrobras; Thiago Prado, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Agnes da Costa, diretora da ANEEL; além de outros representantes de empresas líderes, entidades reguladoras, universidades e consultorias técnicas.
O evento contará também com contribuições de especialistas em tecnologias emergentes, como Leonardo Almeida, diretor de energia da Google Cloud Brasil, que abordará o papel da inteligência artificial no futuro do setor energético.
Temas em destaque
A programação está estruturada para discutir desafios e oportunidades em sete eixos centrais:
- Transição Energética e o Protagonismo do Brasil
- Segurança Energética e Reposição de Reservas
- Gás Natural e Descarbonização
- Fontes Renováveis e Inovação
- Eventos Climáticos e Resiliência das Redes
- Inteligência Artificial e Eficiência Operacional
- Energia Nuclear e o Planejamento de Longo Prazo
Além de análises técnico-regulatórias, haverá espaço para a reflexão sobre o papel do Brasil como líder global na transição energética, tendo em vista sua matriz já majoritariamente renovável, o crescimento do mercado de energia solar, e a expansão da geração distribuída.
Segurança energética em tempos de incerteza
Em um contexto internacional marcado por tensões geopolíticas, volatilidade no preço dos combustíveis e eventos climáticos extremos, o seminário se propõe a aprofundar o debate sobre segurança energética. A discussão passa por mecanismos de reposição de reservas, diversificação da matriz e resiliência das redes de distribuição e transmissão.
Segundo os organizadores, é fundamental que o país tenha uma visão integrada, que considere tanto o abastecimento confiável quanto os compromissos com a descarbonização e a eficiência energética.
Inovação e o papel da inteligência artificial
A inteligência artificial generativa, como a aplicada na modelagem de demanda e no gerenciamento inteligente de redes elétricas, terá um painel dedicado. A proposta é explorar como essa tecnologia pode transformar a operação dos sistemas de energia, melhorar a previsão de consumo, reduzir perdas e otimizar a produção.
Para Carlos Quintella, diretor executivo da FGV Energia, o seminário é uma oportunidade única de reunir os principais atores do setor. “Promovemos um ambiente de troca técnica, visão estratégica e articulação entre governo, empresas e academia. O Brasil tem todas as condições de liderar a agenda de energia limpa, mas isso exige planejamento, coordenação e inovação.”