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Copel registra crescimento de 24,6% no lucro líquido do 1º trimestre e reduz endividamento

Copel registra crescimento de 24,6% no lucro líquido do 1º trimestre e reduz endividamento

Resultado financeiro positivo é impulsionado por maior receita com comercialização de energia, desempenho da geração eólica e controle da alavancagem

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) iniciou o ano de 2025 com resultados sólidos e crescimento expressivo em seus principais indicadores financeiros. No primeiro trimestre, a empresa registrou lucro líquido de R$ 664,7 milhões, o que representa uma alta de 24,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho reforça a posição da companhia como uma das líderes em eficiência no setor elétrico brasileiro.

Mesmo ao se desconsiderarem itens não recorrentes, o lucro líquido ajustado da Copel ficou em R$ 576,9 milhões, uma elevação de 6,4% na base anual de comparação, demonstrando consistência na geração de resultados operacionais.

Expansão do Ebitda e avanço da margem operacional

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi um dos destaques do trimestre, alcançando R$ 1,736 bilhão, crescimento de 24,1% sobre os três primeiros meses de 2024. O Ebitda recorrente somou R$ 1,503 bilhão, alta de 13,0%. A margem Ebitda ajustada avançou para 25,5%, representando um acréscimo de 3,8 pontos percentuais, o que evidencia maior rentabilidade e controle dos custos operacionais.

Este avanço é resultado direto da maior eficiência nos contratos de suprimento e da operação da geração própria da companhia, especialmente na área de fontes renováveis. A redução de desvios na geração eólica, anteriormente considerados desafios operacionais, também contribuiu positivamente para os resultados.

Receita líquida cresce com maior volume de energia comercializada

A receita operacional líquida da Copel atingiu R$ 5,892 bilhões, alta de 8,8% na comparação anual. Esse crescimento foi sustentado por múltiplos fatores: aumento da energia vendida no segmento de comercialização, maior receita com suprimento e elevação da receita proveniente da disponibilidade da rede elétrica.

O desempenho comercial da companhia se fortaleceu com o crescimento da atuação no mercado livre e a expansão de contratos com clientes corporativos. O resultado evidencia não apenas a diversificação das fontes de receita, mas também o alinhamento com as novas tendências de descentralização e competitividade do setor elétrico.

Redução da dívida líquida e alavancagem sob controle

Outro ponto positivo no balanço foi a queda na dívida líquida, que ao final de março de 2025 somava R$ 12,911 bilhões, valor inferior aos R$ 13,157 bilhões registrados no encerramento do exercício de 2024. A alavancagem – medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda – caiu para 2,3 vezes, frente às 2,6 vezes do trimestre anterior.

Essa redução indica disciplina financeira na gestão de passivos e reflete o esforço da Copel em manter sua estrutura de capital sólida, o que amplia sua capacidade de investimento sem comprometer a sustentabilidade financeira no médio e longo prazos.

Perspectivas para o restante do ano

A performance da Copel no primeiro trimestre consolida uma trajetória de crescimento baseada em pilares como eficiência operacional, ampliação do portfólio de energias renováveis e solidez financeira. Com a manutenção de indicadores robustos e a tendência de expansão no mercado livre, a companhia está bem posicionada para aproveitar oportunidades na modernização da matriz elétrica e nas novas fronteiras da transição energética.

No cenário macroeconômico atual, que ainda apresenta volatilidade regulatória e desafios climáticos, o desempenho da Copel reforça a resiliência das empresas que investem em inovação, diversificação de fontes e governança corporativa.

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