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Brasil aposta em baterias para modernizar matriz elétrica e reforça parceria com a Huawei na China

Brasil aposta em baterias para modernizar matriz elétrica e reforça parceria com a Huawei na China

Ministro Alexandre Silveira discute avanço no armazenamento de energia e anuncia leilão inédito de baterias como pilar da transição energética brasileira

Em visita estratégica à China, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou neste domingo (20) o compromisso do Brasil com a modernização do sistema elétrico e o avanço da transição energética. Em reunião com a alta diretoria da multinacional Huawei, referência global em soluções tecnológicas, o ministro destacou a importância do armazenamento de energia por baterias como tecnologia fundamental para garantir estabilidade, eficiência e sustentabilidade à matriz elétrica brasileira.

Durante o encontro com o presidente global de Assuntos Públicos e Comunicações da Huawei, Wang Jianfeng, a líder de Petróleo e Gás da Huawei Enterprise BG, Han Shuo, e o CEO da Huawei Brasil, Jacky Gao, foram discutidas inovações como os sistemas de armazenamento de energia por baterias, conhecidos como BESS (Battery Energy Storage Systems), além de carregadores ultrarrápidos para veículos elétricos e sistemas fotovoltaicos inteligentes.

“A presença do Ministério de Minas e Energia nas sedes das principais empresas do setor reforça o comprometimento do Brasil com a transição energética global. Queremos impulsionar parcerias que ajudem a tornar o sistema elétrico brasileiro mais moderno, limpo e eficiente, com destaque para o papel das baterias na estabilidade e confiabilidade da nossa matriz”, afirmou o ministro Silveira.

O Brasil se prepara para seu primeiro leilão de baterias

Um dos principais destaques da agenda é a realização do primeiro leilão de baterias do Brasil, previsto para ainda este ano. O certame representará um marco regulatório e tecnológico para o setor elétrico, ao incentivar a adoção em larga escala de sistemas de armazenamento de energia. O objetivo é ampliar a resiliência da matriz, sobretudo diante da crescente penetração de fontes renováveis intermitentes, como a solar e a eólica.

Com as baterias, será possível equilibrar a oferta e a demanda de energia em tempo real, armazenando o excedente gerado em momentos de baixa demanda e redistribuindo-o nos horários de pico. A tecnologia também é considerada crucial para lidar com eventos climáticos extremos, que têm se tornado mais frequentes e afetam diretamente o desempenho do sistema elétrico.

China como vitrine tecnológica e parceira estratégica

A visita à Huawei faz parte de uma agenda mais ampla do ministro Alexandre Silveira na China, cujo foco é mapear tecnologias aplicáveis ao contexto brasileiro e estabelecer parcerias estratégicas. A agenda também está alinhada com os preparativos para a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático, prevista para o próximo mês, consolidando o diálogo bilateral em áreas prioritárias como energia limpa, inovação e digitalização da infraestrutura elétrica.

A Huawei apresentou ao governo brasileiro soluções de última geração com potencial de replicação em larga escala, incluindo sistemas inteligentes para monitoramento e gestão de redes elétricas, capazes de aumentar a eficiência operacional e reduzir perdas. Os executivos também destacaram o papel da empresa em projetos-piloto de armazenamento com baterias de lítio, já utilizados em diversas partes do mundo.

Avanço sustentável exige modernização regulatória

Para que o Brasil consolide seu protagonismo na transição energética, será necessário avançar também em aspectos regulatórios e estruturais. A adoção de tecnologias como os BESS exige marcos legais claros, modelos de remuneração definidos e incentivos compatíveis com a urgência climática.

Nesse sentido, o leilão de baterias surge como catalisador de um novo ciclo de inovação e investimentos no setor elétrico. Ao mesmo tempo, iniciativas como a aproximação com empresas líderes em tecnologia abrem espaço para transferência de conhecimento, formação de profissionais especializados e fomento à cadeia produtiva nacional.

A estratégia do governo é clara e tem como objetivo garantir que o crescimento da demanda energética, impulsionado pela eletrificação da mobilidade, expansão urbana e digitalização da economia, seja atendido por uma matriz limpa, moderna e resiliente.

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