Com investimento de R$ 3,5 bilhões até 2029, empresa amplia atuação e fortalece o mercado de geração distribuída no Brasil
A Cemig SIM, subsidiária da Cemig voltada para o setor de geração distribuída (GD), anunciou a expansão de sua oferta de energia solar por assinatura para além de Minas Gerais, levando sua atuação para cidades das regiões Sudeste e Centro-Oeste. O primeiro passo dessa nova fase de crescimento será a entrada em operação de 40 MWp de potência instalada ainda em 2025, consolidando a empresa como uma das principais fornecedoras de energia renovável no país.
A expansão segue o modelo já adotado pela Cemig no Mercado Livre de Energia, onde a companhia possui forte presença nacional. De acordo com o diretor-presidente da Cemig SIM, Iuri Mendonça, a estratégia será focada em mercados onde a empresa já tem reconhecimento de marca e uma relação consolidada com consumidores e empresas.
“A gente vai dar o nosso primeiro passo para regiões onde temos maior conhecimento da marca e relacionamento com o mercado, especialmente no segmento de média e alta tensão, que já fazem parte do Mercado Livre”, afirmou Mendonça à Agência Reuters.
Plano de Investimentos e Crescimento Estratégico
A nova fase da Cemig SIM está inserida dentro de um planejamento estratégico robusto. Entre 2019 e 2029, a companhia prevê R$ 3,5 bilhões em investimentos, dos quais R$ 1,2 bilhão já foi aplicado. Atualmente, a empresa possui 300 MWp de capacidade instalada em usinas solares e tem como meta alcançar 1 GWp até o fim da década.
O modelo de energia solar por assinatura, que tem ganhado cada vez mais adesão no Brasil, permite que consumidores tenham acesso a energia limpa sem a necessidade de instalar painéis solares em suas residências ou empresas. Em vez disso, a eletricidade é gerada em usinas solares remotas, e os consumidores recebem descontos na conta de luz através do sistema de compensação de créditos de energia.
A Cemig SIM já testou esse modelo em 79 municípios de Minas Gerais, incluindo cidades onde a Cemig não é a distribuidora local, e os resultados foram positivos. Nos últimos anos, a empresa consolidou-se como líder no segmento de energia solar por assinatura em Minas Gerais, e agora busca replicar esse sucesso em novas localidades.
Energia Solar por Assinatura: Um Modelo Sustentável e Econômico
A geração distribuída tem sido um dos principais impulsionadores da transição energética no Brasil, permitindo que consumidores reduzam seus custos com eletricidade e, ao mesmo tempo, contribuam para a descarbonização da matriz elétrica. O modelo de assinatura de energia solar torna essa solução ainda mais acessível, uma vez que elimina a necessidade de altos investimentos iniciais em infraestrutura.
Além dos benefícios econômicos, essa expansão representa um avanço significativo para a sustentabilidade ambiental, reduzindo a dependência de fontes fósseis e promovendo uma matriz energética mais limpa. Com a entrada da Cemig SIM em novos estados, mais consumidores terão acesso a essa alternativa, ampliando a adoção da energia solar no país.
A Expansão da Geração Distribuída no Brasil
A estratégia da Cemig SIM acompanha o crescimento da geração distribuída no Brasil, que tem se consolidado como um dos segmentos mais dinâmicos do setor elétrico. A abertura do Mercado Livre de Energia e os avanços regulatórios têm permitido que cada vez mais consumidores optem por fontes renováveis, aproveitando tarifas mais competitivas e previsibilidade nos custos de energia.
A Cemig SIM pretende utilizar sua expertise adquirida no Mercado Livre para estruturar sua entrada em novas localidades de forma eficiente e competitiva. A empresa já possui uma rede consolidada de clientes no segmento de média e alta tensão, o que facilitará a adoção do modelo de energia solar por assinatura em novas regiões.
Com a previsão de 1 GWp de capacidade instalada até 2029, a Cemig SIM reforça seu papel como um dos principais players da geração distribuída no Brasil e contribui ativamente para a ampliação do uso de energia limpa e renovável no país.
A expansão para novos estados do Sudeste e Centro-Oeste é apenas o começo de um movimento mais amplo que pode transformar o acesso à energia solar no Brasil, beneficiando consumidores, empresas e o meio ambiente.