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Itaipu amplia geração de energia no primeiro bimestre e reforça segurança elétrica do Brasil e Paraguai

Itaipu amplia geração de energia no primeiro bimestre e reforça segurança elétrica do Brasil e Paraguai
Binacional mantém convênios com a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Itaipu Parquetec. Representantes da ANM visitaram a usina, nessa terça-feira (28)

Com aumento de 2,5% na produção em relação a 2024, hidrelétrica segue como peça-chave na estabilidade do sistema elétrico e no enfrentamento das ondas de calor

A Itaipu Binacional registrou um crescimento de 2,5% na produção de energia elétrica nos dois primeiros meses de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram gerados 13,8 milhões de MWh, um montante capaz de abastecer o mundo inteiro por cinco horas, suprir todo o Brasil por oito dias e manter o Paraguai em funcionamento por sete meses e meio.

Esse desempenho reforça o papel estratégico da usina para a segurança energética do Brasil e do Paraguai, especialmente em um período marcado por sucessivos recordes de demanda devido às intensas ondas de calor que atingiram os dois países. No Brasil, Itaipu foi responsável por 7,8% do consumo total do sistema elétrico, enquanto no Paraguai forneceu 77% da eletricidade consumida no país.

Crescimento da geração e demanda recorde

A produção da usina em janeiro e fevereiro de 2025 superou a de 2024, mesmo com fevereiro tendo um dia a menos por não ser ano bissexto. Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, esse crescimento evidencia a capacidade da hidrelétrica de responder rapidamente às demandas do sistema, garantindo maior estabilidade operacional.

“A produção foi maior mesmo com um dia a menos em fevereiro, o que comprova a relevância de Itaipu e sua capacidade de apoiar prontamente o sistema elétrico dos dois países, especialmente em momentos críticos como as recentes ondas de calor”, afirmou.

No Paraguai, os picos de consumo bateram recordes históricos. No dia 11 de fevereiro, o país atingiu uma demanda inédita de 5.054 MW, marca que foi superada em 4 de março, quando o consumo chegou a 5.122 MW às 14h11.

O Brasil seguiu a mesma tendência, com sucessivos recordes diários de consumo ao longo do bimestre. O maior deles ocorreu em 26 de fevereiro, às 14h27, quando a demanda atingiu a marca de 106.532 MW, impulsionada pelo calor extremo e pelo aumento do uso de equipamentos de refrigeração.

Itaipu: a “bateria natural” do sistema elétrico

O diretor técnico executivo da usina, Renato Sacramento, destacou que a flexibilidade operacional das hidrelétricas é um dos principais fatores para a manutenção da estabilidade elétrica, especialmente nos horários de pico de consumo.

“No final da tarde, quando a geração solar começa a cair rapidamente e a demanda elétrica aumenta, as hidrelétricas entram em ação para compensar essa diferença. Esse papel faz de Itaipu uma verdadeira ‘bateria natural’, ajudando a manter a segurança operacional do sistema”, explicou Sacramento.

Essa característica é essencial para equilibrar a oferta e a demanda em momentos críticos do dia, garantindo que o sistema elétrico funcione sem instabilidades ou risco de apagões.

O papel estratégico de Itaipu no setor elétrico

Além de ser uma das principais fontes de energia do Brasil e do Paraguai, a Itaipu Binacional tem um impacto direto na matriz energética renovável dos dois países. Com sua capacidade instalada de 14 GW, a usina é um pilar para a segurança e confiabilidade do abastecimento elétrico, especialmente em momentos de forte demanda, como os registrados no início de 2025.

Para os próximos meses, a tendência é que a produção continue elevada, acompanhando as oscilações da demanda e garantindo que Brasil e Paraguai sigam com energia suficiente para atender suas populações e setores produtivos.

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