Início de 2025 marca avanço da energia solar no país, com três novos recordes de geração fotovoltaica, reforçando o protagonismo da matriz energética sustentável
O Brasil iniciou 2025 com resultados impressionantes na área de energia solar. No último dia 21 de janeiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou três novos recordes de geração fotovoltaica, demonstrando o fortalecimento dessa fonte renovável e sua importância crescente para o abastecimento energético do país.
Entre os marcos atingidos, dois ocorreram no Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável por integrar a maior parte da geração e consumo de energia elétrica do Brasil. O terceiro foi registrado no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, uma das regiões mais populosas e industrializadas do país.
De acordo com o diretor-geral do ONS, Márcio Rea, esses números comprovam o impacto da energia solar na diversificação da matriz energética nacional e no aumento da segurança do sistema. “Estamos testemunhando uma transformação na forma como o Brasil consome e gera energia. Esses recordes são um reflexo da adoção em massa de tecnologias renováveis”, afirmou Rea.
Recordes inéditos no SIN
O primeiro recorde registrado no Sistema Interligado Nacional foi o de produção diária média de energia solar, que alcançou 12.576 MWmed. O resultado superou em 5,3% o recorde anterior, de 11.899 MWmed, estabelecido em 7 de outubro de 2024.
Além disso, a geração fotovoltaica instantânea – o pico de energia solar produzida em um momento específico – também estabeleceu um novo patamar. Às 11h53 do dia 21 de janeiro, o SIN alcançou 36.364 MW de energia gerada, volume suficiente para atender 37,4% da demanda energética nacional naquele instante. Este marco supera o recorde anterior de 36.283 MW, registrado no mesmo dia do último pico fotovoltaico.
Segundo Rea, esses números demonstram o potencial da energia solar como uma alternativa sustentável capaz de suprir uma parcela significativa da demanda energética nacional, especialmente em horários de alta irradiação solar.
Força solar no Sudeste e Centro-Oeste
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que abrange estados como São Paulo, Minas Gerais e Goiás, também registrou resultados inéditos. A produção média diária de energia solar na região foi de 6.621 MWmed, representando 13% da demanda local. Este número ultrapassou o recorde anterior, de 6.511 MWmed, alcançado em 9 de dezembro de 2024.
Os resultados demonstram a crescente adesão da energia solar em uma região que concentra grande parte da atividade industrial e residencial do país. Com os avanços tecnológicos e os incentivos governamentais, a expectativa é que essa participação continue a crescer, reduzindo a dependência de fontes mais poluentes.
Uma matriz cada vez mais limpa
A energia solar tem se consolidado como uma das principais apostas do Brasil para a diversificação da matriz energética. Atualmente, o país figura entre os líderes globais em geração fotovoltaica, com números que refletem sua geografia privilegiada – com altos índices de irradiação solar durante todo o ano.
Os recordes registrados pelo ONS são resultado de uma combinação de fatores. Entre eles, destacam-se os avanços tecnológicos, que têm reduzido os custos de instalação de painéis solares, e a adoção crescente de sistemas de geração distribuída, tanto por empresas quanto por consumidores residenciais.
Perspectivas para o futuro
Com o início promissor de 2025, o Brasil reforça sua posição como uma das potências globais em energia renovável. Os números recordes do ONS indicam que o país está aproveitando seu potencial solar ao máximo, mas ainda há muito espaço para crescer.
Especialistas apontam que, com mais investimentos em infraestrutura e tecnologias avançadas, além da ampliação do acesso ao crédito para projetos sustentáveis, o Brasil poderá se tornar referência mundial em transição energética.
“A energia solar não é apenas uma solução viável; ela é essencial para garantir um futuro energético sustentável e resiliente. Estamos apenas começando a explorar todo o seu potencial”, destacou Márcio Rea.