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Sustentabilidade e economia: 70% das granjas da Seara já operam com energia solar

Sustentabilidade e economia: 70% das granjas da Seara já operam com energia solar

A transformação energética no campo reduz custos, impulsiona a sustentabilidade e beneficia produtores em todo o Brasil

A busca por soluções sustentáveis na produção agropecuária ganhou um grande aliado nos últimos anos: a energia solar. Prova disso é que a Seara, empresa do grupo JBS, encerrou 2024 com 70% de suas granjas integradas de frango no Brasil utilizando painéis fotovoltaicos para gerar energia. Esse número é expressivo se comparado a 2019, quando apenas 5,61% dos produtores faziam uso dessa tecnologia – um crescimento impressionante de 1.149% em apenas cinco anos.

No total, essas granjas produziram 205,1 milhões de kWh de energia solar em 2024, o suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 90 mil habitantes por um ano. A iniciativa reflete o compromisso da Seara em aliar sustentabilidade e eficiência, criando um modelo de negócio que beneficia tanto o meio ambiente quanto os produtores rurais.

Energia solar como diferencial competitivo

A adesão à energia solar vem crescendo especialmente devido à modernização das granjas. Com ambientes internos mais automatizados e controlados, o consumo de energia elétrica tornou-se um dos principais custos de produção. Nesse contexto, os painéis solares surgem como uma alternativa estratégica, permitindo que os produtores reduzam sua dependência da energia fornecida pelas concessionárias.

Estados como São Paulo e Santa Catarina lideram a implementação: 77% das granjas em São Paulo e 73% em Santa Catarina já adotaram o sistema. Para os produtores, como Sandro Fontanella, de Forquilhinha (SC), o investimento em energia solar vai além dos ganhos ambientais. “Antes, gastávamos um volume considerável na compra de energia. Hoje, o valor economizado ou gerado pelo sistema de painéis fotovoltaicos é destinado ao pagamento do financiamento, com prazo de seis anos”, explica. Sua granja já atende entre 80% e 83% da demanda energética com fontes renováveis e planeja chegar a 100% em breve.

Bonificação por práticas sustentáveis

A Seara tem incentivado seus parceiros a adotarem práticas mais sustentáveis por meio de um checklist que integra sua política de bonificação. Entre os critérios avaliados estão:

  • Instalação de fontes de energia renováveis, como painéis fotovoltaicos;
  • Separação e destinação correta de resíduos sólidos;
  • Adequação das granjas às normas de bem-estar animal.

Ao atender a esses critérios, os produtores podem receber bonificações, tornando as práticas sustentáveis ainda mais atrativas do ponto de vista financeiro.

De acordo com Vamiré Luiz Sens Júnior, gerente-executivo de Sustentabilidade Agropecuária da Seara, o uso de energia solar é um modelo de médio prazo que transforma custos fixos em fontes de receita. “A iniciativa tem o potencial de se pagar em médio prazo, transformando o que antes era um simples custo em uma nova fonte de margem para o produtor. Além disso, representa uma solução mais sustentável, alinhada às exigências do mercado e da sociedade.”

Impacto ambiental e econômico

A utilização da energia solar nas granjas também reforça o compromisso do agronegócio brasileiro com a redução de emissões de carbono e a mitigação das mudanças climáticas. Além de contribuir para a descarbonização, a iniciativa cria um ciclo de benefícios que inclui menor impacto ambiental, maior competitividade dos produtores e incentivo à adoção de tecnologias renováveis no campo.

Ao impulsionar a sustentabilidade e gerar economia, a Seara dá um exemplo de como é possível combinar inovação e responsabilidade ambiental no agronegócio. E, com isso, reafirma seu papel como protagonista na transformação do setor.

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