Infraestrutura registrou mais de R$ 88 bilhões negociados e 600 TWh, superando o consumo nacional de energia de 2023
O ano de 2024 foi um marco para a BBCE, maior ambiente de negociação de energia do Brasil. Com um crescimento expressivo, a plataforma encerrou o período com R$ 88,4 bilhões em negociações, alta de 198% em relação a 2023. Foram transacionados mais de 100 mil contratos, representando um aumento de 324% no volume de operações e cerca de 600 TWh, superando o consumo energético de todo o país em 2023, que foi de 531,9 TWh, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Essa evolução significativa reflete o amadurecimento do mercado livre de energia, que registrou alta volatilidade ao longo do ano. O destaque foi para os contratos trimestrais, que responderam por 33% das negociações, seguidos pelos contratos mensais (30%) e anuais (27%). Os contratos de energia convencional para entrega no Sudeste continuaram liderando em liquidez.
Volatilidade e maturidade do mercado impulsionam negociações
De acordo com Eduardo Rossetti, diretor Comercial, de Produtos, Comunicação e Marketing da BBCE, três fatores foram determinantes para o recorde de negociações em 2024.
- Alta volatilidade de preços: A escassez de chuvas e seus impactos nos níveis de armazenamento influenciaram os preços da energia, ampliando o giro de contratos.
- Expansão do mercado livre: O crescimento do mercado trouxe mais maturidade às negociações, atraindo novos players.
- Eficiência tecnológica: A plataforma da BBCE permitiu fechamento de negócios em menos de um segundo, conectando os principais agentes do setor com segurança e liquidez.
“Nosso ambiente eletrônico se consolidou como essencial para atender às demandas de um mercado dinâmico e em rápida expansão. Investimos em sistemas, infraestrutura e equipe para garantir a performance necessária,” destaca Rossetti.
Oscilações nos preços marcaram o ano
O ano começou com uma alta significativa nos preços, influenciada por fatores climáticos, o que elevou a movimentação de contratos já no primeiro trimestre. Entre agosto e setembro, os ativos anuais chegaram a registrar uma oscilação de até 93,6%, variando de R$ 230 a R$ 560 por MWh.
No último trimestre, a perspectiva de melhoria nas chuvas reduziu os preços para contratos de energia com entrega em 2025. Entre 6 e 13 de dezembro, contratos para entrega em janeiro de 2025 apresentaram queda de 31%, enquanto os de fevereiro e o agrupado do primeiro trimestre recuaram 23% e 24%, respectivamente.
Em dezembro, o volume negociado chegou a 23.594 GWh, alta de 8,9% em relação a novembro, mas ainda 24,3% abaixo do mesmo mês de 2023. As operações movimentaram R$ 3 bilhões no período, consolidando o desempenho expressivo da plataforma ao longo do ano.
Segurança e inovação como pilares estratégicos
Em 2024, a BBCE lançou iniciativas voltadas à segurança e à informação no mercado. A cobertura de suas referências de preços foi ampliada para todos os submercados brasileiros com um horizonte de 21 anos, consolidando a empresa como fonte confiável para os players do mercado.
Outro destaque foi a implementação da supervisão do EHUB, um marco regulatório que trouxe mais transparência às operações no Ambiente de Contratação Livre (ACL). Desde dezembro, o time de autorregulação passou a monitorar e aplicar regras de compliance, garantindo maior segurança nas transações.
Rossetti antecipa que 2025 trará novidades: “Estamos desenvolvendo soluções para liquidação, marcação a mercado e gestão de riscos, dando continuidade às nossas ações de segurança e inovação.”
Crescimento sustentável no horizonte
Com uma infraestrutura robusta e comprometida com a evolução do mercado de energia, a BBCE se posiciona como um pilar estratégico para o crescimento do mercado livre. A expectativa para 2025 é ainda mais otimista, com novos produtos e serviços planejados para atender a um setor cada vez mais dinâmico e competitivo.
“A BBCE entregou um ano histórico, triplicando os volumes negociados e trazendo eficiência para o mercado. Estamos prontos para continuar liderando o processo de modernização do setor elétrico no Brasil,” conclui Rossetti.