Tecnologia melhora planejamento, reduz custos e riscos, e integra inovação em obras de grande porte como ferrovias, portos e parques eólicos
A transformação digital chegou ao setor de infraestrutura com força total, e a modelagem 3D, por meio do Building Information Modeling (BIM), desponta como a principal aliada em megaprojetos. Essa metodologia, que utiliza a representação digital tridimensional de uma obra em todas as suas fases, está redefinindo o planejamento e a execução de empreendimentos de grande porte.
Com o BIM, construtoras como a Andrade Gutierrez, referência em engenharia no Brasil, estão ampliando a precisão no planejamento, reduzindo riscos financeiros e humanos, e otimizando custos e prazos.
“Diferente das abordagens tradicionais, a modelagem tridimensional oferece uma visão completa do projeto, permitindo prever e solucionar problemas antes mesmo de iniciar a obra,” explica Gustavo Brito, Superintendente de Sistemas de Engenharia, Construção e BIM na AG.
O BIM no ciclo de vida das obras
O diferencial do BIM está na sua capacidade de integrar informações ao longo de todo o ciclo de vida da construção, desde o planejamento até a operação. Ele cria um modelo digital detalhado que reúne dados em tempo real e facilita a tomada de decisões com base em informações concretas.
Além disso, a tecnologia pode ser integrada a ferramentas como Inteligência Artificial (IA), Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR), proporcionando uma experiência imersiva para engenheiros, arquitetos e clientes.
“Com o BIM, os dados não são apenas números no papel. Eles são aplicados ao modelo 3D, permitindo visualizar e simular todas as etapas do projeto. Isso torna as decisões mais rápidas e seguras,” destaca Brito.
Impacto na infraestrutura e energia
O uso do BIM já é realidade em projetos complexos como ferrovias, portos, parques solares e eólicos, além de empreendimentos de energia, óleo e gás. Em 2022, por exemplo, a Andrade Gutierrez utilizou a tecnologia na construção de um parque eólico na Bahia, otimizando a terraplenagem, o planejamento de bases de aerogeradores e a gestão de materiais.
“Acompanhamos os estoques com precisão e garantimos a integridade estrutural sem desperdícios, gerando economia para os investidores e minimizando transtornos para a sociedade,” acrescenta Brito.
Essas economias não se restringem apenas ao capital financeiro. O BIM também contribui para a sustentabilidade e segurança, permitindo a implementação de medidas preventivas que minimizam danos e atrasos.
Inovação e Engenharia 4.0 na Andrade Gutierrez
Na Andrade Gutierrez, o BIM é um dos pilares da Engenharia 4.0, junto à Excelência Operacional e à Inovação. O uso da tecnologia é potencializado por programas como o Vetor AG, que conecta startups ao mercado de infraestrutura.
Uma das iniciativas do Vetor AG foi a integração do BIM com soluções de AR e VR desenvolvidas pela startup SPG+. Isso permitiu que a AG unisse a visualização 3D do BIM à realidade aumentada, sincronizando o planejamento orçamentário e o cronograma da obra.
“A inovação dá ao BIM uma nova dimensão, permitindo avanços mais integrados e precisos no projeto. Essa abordagem agrega valor para todos os envolvidos, desde engenheiros até os investidores,” afirma André Medina, Superintendente de Inovação da AG.
O futuro do BIM no Brasil
Com os avanços tecnológicos e a crescente complexidade dos megaprojetos, o BIM deixa de ser um diferencial e se torna quase uma exigência no setor de construção. A ferramenta não só melhora a eficiência e reduz custos, mas também promove uma cultura de inovação no setor, posicionando empresas como a Andrade Gutierrez na vanguarda da transformação digital.
“A integração de tecnologia ao planejamento e execução de obras é o futuro da construção civil. Com o BIM, temos mais do que projetos: temos previsibilidade, segurança e sustentabilidade,” conclui Brito.