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Chuvas de Verão Trazem Alívio para o Setor Elétrico e Amenizam Impactos da Seca e Ondas de Calor

Chuvas de Verão Trazem Alívio para o Setor Elétrico e Amenizam Impactos da Seca e Ondas de Calor

Previsões indicam recuperação dos níveis de reservatórios e diminuição de temperaturas extremas com o retorno das chuvas a partir de outubro

A primavera de 2024 trouxe temperaturas elevadas e ondas de calor que afetaram praticamente todo o Brasil, pressionando os níveis dos reservatórios e elevando o custo da energia. As regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste foram as mais impactadas, sofrendo com o aumento da demanda por eletricidade, em função do uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado e refrigeração. O cenário preocupante, porém, está prestes a melhorar com a chegada das chuvas, que devem se intensificar durante o verão, segundo a Climatempo, uma das mais reconhecidas consultorias meteorológicas da América Latina.

De acordo com Lara Marques, meteorologista da Climatempo, “este cenário do início da primavera irá mudar com a volta das chuvas, ainda pouco intensas, a partir da segunda quinzena de outubro, e que se intensificarão nos meses de verão.” As chuvas esperadas prometem trazer alívio para o setor elétrico, elevando os níveis dos reservatórios das hidrelétricas e diminuindo as temperaturas extremas que têm pressionado o sistema.

Recuperação dos reservatórios e diminuição das temperaturas

A previsão é de que, entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, os subsistemas Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de armazenamento de água do Brasil, recebam chuvas em volumes médios a ligeiramente superiores à média histórica. Essa melhoria deve ajudar a reverter a queda nos níveis dos reservatórios, que atualmente estão abaixo de 40%, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esse cenário, que levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) a acionar a bandeira vermelha na tarifa de energia, pode ser revertido com a intensificação das precipitações no verão.

A principal preocupação, até o momento, era o impacto das ondas de calor na demanda por energia. Com as usinas térmicas operando a plena capacidade para suprir a necessidade, os consumidores enfrentaram um aumento significativo na tarifa de energia, além de um mercado livre de energia mais aquecido, com o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) atingindo o preço-teto. “Estamos em bandeira vermelha porque os níveis dos reservatórios estão mais baixos, as usinas térmicas estão ligadas, e a previsão é de ondas de calor intensas na primeira quinzena de outubro,” explica Lara Marques.

Previsão otimista para a região Norte

A expectativa, no entanto, é de uma recuperação significativa com a chegada das chuvas, especialmente no Norte do Brasil. “No verão passado, as chuvas ficaram abaixo da média, mas a previsão para este próximo verão é de que os volumes pluviométricos superem a média na região”, comenta Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo. O aumento das chuvas no Amazonas, Acre e Rondônia, por exemplo, trará não só a recuperação dos reservatórios, mas também um impacto positivo na logística fluvial. “Os rios devem se recuperar e isso afetará positivamente o escoamento de mercadorias na Zona Franca de Manaus,” acrescenta Lucyrio.

O retorno das chuvas pode aliviar uma das maiores preocupações econômicas da região, que é a dependência das vias fluviais para o transporte de produtos. A recuperação dos níveis dos rios será essencial para a continuidade do escoamento de mercadorias e matérias-primas, especialmente na Zona Franca de Manaus, um dos principais polos industriais da região.

Tecnologia como aliada diante de eventos climáticos extremos

Enquanto as chuvas trazem alívio, a variação climática e os eventos extremos são uma realidade cada vez mais frequente, demandando das empresas soluções tecnológicas que garantam a segurança e a continuidade de suas operações. Com isso, a Climatempo oferece o SMAC (Sistema de Monitoramento e Alerta Climatempo), uma ferramenta que monitora em tempo real condições atmosféricas adversas, como descargas atmosféricas, tempestades, ventos fortes e chuvas intensas.

O sistema é projetado para ajudar empresas de diversos setores a tomar decisões proativas diante de riscos climáticos, minimizando os impactos de tempestades e outros fenômenos naturais sobre a infraestrutura e as operações. “O SMAC permite identificar com precisão os riscos climáticos, oferecendo a possibilidade de ações preventivas em prol da segurança e eficiência operacional”, afirma Lara Marques.

À medida que o Brasil lida com o desafio de eventos climáticos extremos e com as variações bruscas de temperatura e precipitação, ferramentas como o SMAC ganham relevância para empresas que dependem da previsibilidade meteorológica para garantir a continuidade de suas atividades.

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