Projeto inovador utilizará resíduos agroindustriais e codigestão de carcaças de aves e suínos para a produção de energia renovável e biofertilizantes, impulsionando a economia circular no estado
A (re)energisa, braço de soluções energéticas do Grupo Energisa, anunciou uma parceria estratégica com a Embrapa, voltada para a construção e operação da primeira planta de biometano de grande porte de Santa Catarina. A planta, chamada AGRIC, será erguida no município de Campos Novos e terá como diferencial o uso de resíduos agroindustriais e a capacidade de realizar a codigestão com carcaças de aves e suínos, tornando-se uma referência nacional em tecnologia para geração de biometano e biofertilizantes.
Com a expertise da Embrapa em pesquisa e validação de arranjos de resíduos, a parceria garantirá que o processo da planta seja otimizado, tanto em termos de qualidade dos produtos quanto na segurança sanitária. O centro de pesquisa da Embrapa, localizado em Concórdia (SC), será responsável por conduzir os testes e validações necessárias, assegurando que a operação da planta cumpra com as exigências da regulação ambiental.
Inovação no tratamento de resíduos e produção de energia limpa
Com previsão de inauguração para julho de 2025, a planta AGRIC terá capacidade para tratar 350 toneladas diárias de resíduos e produzir 25.000 m³ de biometano por dia, além de 3.500 m³ de adubo por mês. A energia gerada será distribuída para clientes de Santa Catarina, especialmente aqueles localizados na região de Campos Novos, que buscam soluções para a transição energética e estão comprometidos com a descarbonização e a economia circular.
O biometano, combustível renovável derivado do biogás, representa uma solução importante para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, promovendo a sustentabilidade no setor energético e na agroindústria. Além disso, o biofertilizante gerado pela planta contribuirá para a redução do uso de fertilizantes químicos, aumentando a produtividade agrícola de forma sustentável.
Impactos econômicos e sociais
A construção da planta de biometano da (re)energisa representa um marco para o setor de energia renovável em Santa Catarina, mas também para a economia local. O projeto, que conta com investimentos estimados em R$ 80 milhões até 2025, vai gerar empregos diretos e indiretos durante as fases de construção e operação, além de fomentar o desenvolvimento econômico da região.
Outro ponto relevante é o impacto social positivo, com a criação de novas oportunidades de trabalho e a movimentação econômica local. A produção de biometano também contribui diretamente para a redução de emissões de gases de efeito estufa, promovendo a transição energética e alinhando-se aos objetivos globais de sustentabilidade e descarbonização.
Lançamento da nova categoria “Bio Soluções” no Fórum do Biogás
A (re)energisa aproveitou o 11º Fórum do Biogás, realizado nos dias 2 e 3 de outubro, para anunciar sua nova categoria de negócios, denominada “Bio Soluções”. Esse novo braço da empresa será responsável pela comercialização de biometano, biofertilizantes e serviços de tratamento de resíduos, consolidando a posição do Grupo Energisa como um player relevante no mercado de energias renováveis.
Com mais de 120 anos de história, o Grupo Energisa já é referência no setor energético brasileiro, especialmente nas áreas de energia solar e mercado livre. Agora, com o lançamento de “Bio Soluções”, a empresa expande seu portfólio para incluir soluções que atendem às demandas crescentes por energias limpas e sustentáveis.
Um futuro sustentável para Santa Catarina
A construção da planta de biometano AGRIC e o lançamento da “Bio Soluções” marcam um passo importante para a consolidação de Santa Catarina como um polo de inovação no setor de energia renovável. A capacidade de realizar a codigestão de resíduos agroindustriais com carcaças de animais, aliada à produção de biometano e biofertilizantes, reforça o compromisso da (re)energisa com a sustentabilidade e a economia circular.
Esse projeto representa um avanço tecnológico e ambiental, mas também uma oportunidade de crescimento econômico sustentável para o estado. Com a planta em operação, Santa Catarina poderá se destacar como um exemplo de inovação na transição para uma economia de baixo carbono, beneficiando tanto o setor agroindustrial quanto a população local.