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ONS Prevê Afluências de Energia Abaixo da Média em Outubro

ONS Prevê Afluências de Energia Abaixo da Média em Outubro

Com chuvas em regiões-chave abaixo de 50% da Média de Longo Termo, demanda por energia pode acelerar, intensificando os desafios no setor

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) emitiu um alerta para o mês de outubro, indicando que as afluências de Energia Natural Afluente (ENA) deverão permanecer abaixo da média histórica em todos os subsistemas do Brasil. O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente à semana de 28 de setembro a 4 de outubro, trouxe estimativas preocupantes, que podem afetar diretamente o abastecimento de energia e a estabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Cenário de Afluências Preocupantes

As previsões para outubro revelam que a ENA, que é a medida do volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas, deve ser inferior a 50% da Média de Longo Termo (MLT) em várias regiões. A região Sul, que apresenta a melhor situação, ainda assim não chega a 90% da média, com uma projeção de 86% da MLT. As outras regiões, porém, enfrentam situações mais críticas: o Sudeste/Centro-Oeste está projetado para atingir apenas 43% da MLT, o Norte com 38% e o Nordeste com alarmantes 33%.

Christiano Vieira, diretor de Operação do ONS, destacou que essa tendência de afluências abaixo da média deve gerar um estresse adicional no sistema, especialmente em horários de pico de carga. “As projeções para o próximo mês continuam com afluências abaixo da média nas principais bacias. Esse fator, combinado com a expectativa de temperaturas mais altas do que o habitual para o mês de outubro, deixa o SIN sob pressão. No entanto, os níveis atuais dos reservatórios são adequados para o período, e o sistema possui os recursos necessários para atender à demanda”, afirmou Vieira.

Níveis de Energia Armazenada

Apesar das previsões de afluências desfavoráveis, os níveis de Energia Armazenada (EAR) ao final de outubro oferecem alguma esperança. A projeção indica que dois submercados devem ultrapassar a marca de 50%: o Norte (61,8%) e o Sul (53,7%). Para o Nordeste, a expectativa é de 44,2%, enquanto que no Sudeste/Centro-Oeste, os índices devem ficar em 39,9%. Esses dados são fundamentais para avaliar a capacidade do sistema em atender à demanda crescente.

Demanda por Energia em Ascensão

O relatório do ONS também trouxe à tona as expectativas de crescimento na demanda por carga no SIN e em todas as regiões do país. A previsão é de um aumento de 4,7% no SIN, totalizando 82.095 MWmed. O Norte deverá registrar o crescimento mais significativo, com uma expansão de 10,4% (8.488 MWmed), seguido pelo Sudeste/Centro-Oeste com 4,8% (46.809 MWmed). Os avanços no Sul e no Nordeste devem ficar em torno de 2,9% (13.122 MWmed) e 2,8% (13.676 MWmed), respectivamente, em comparação com os dados do mesmo período do ano anterior.

Custo Marginal de Operação

Em meio a esse cenário desafiador, o Custo Marginal de Operação (CMO) permanece inalterado em todas as regiões, fixado em R$ 624,81. Este valor é um indicador importante para o mercado, refletindo os custos diretos de geração de energia.

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