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AES Brasil aposta em robôs e drones para aumentar eficiência de usinas fotovoltaicas

AES Brasil aposta em robôs e drones para aumentar eficiência de usinas fotovoltaicas

Tecnologia auxilia na limpeza de mais de 550 mil módulos solares e na inspeção rápida de complexos, impulsionando a geração de energia renovável em São Paulo

A expansão da energia solar no Brasil continua a pleno vapor. Apenas nos primeiros meses de 2024, foram acrescentados mais de 3.500 MW de potência à matriz elétrica nacional, com 93 novas centrais solares fotovoltaicas entrando em operação. No centro desse avanço, a AES Brasil, uma das principais empresas de energia do país, vem adotando inovações tecnológicas para maximizar a eficiência de suas usinas solares, como o uso de robôs de limpeza e drones para monitoramento.

Em seus Complexos Solares Ouroeste e Guaimbê, localizados no Estado de São Paulo, a AES Brasil está à frente da indústria ao implementar essas soluções tecnológicas de ponta. Essas inovações têm desempenhado um papel crucial para mitigar os desafios que impactam a geração de energia solar, como o acúmulo de poeira e partículas nos painéis fotovoltaicos, causado principalmente por condições climáticas adversas e incêndios.

Tecnologia de ponta na limpeza de painéis solares

Nos períodos mais secos do ano, a dispersão de poeira no ar é inevitável, especialmente em regiões propensas a incêndios. Quando esse material particulado se deposita nos painéis fotovoltaicos, ele reduz a incidência de luz solar e compromete a produção de energia. Para enfrentar esse problema, a AES Brasil investiu em dois novos robôs de alta capacidade, projetados para limpar mais de 550 mil módulos solares nos Complexos Solares Ouroeste e Guaimbê.

Esses robôs, cinco vezes mais eficientes que os modelos anteriores, têm a capacidade de limpar até 20 mil painéis por dia, ou aproximadamente 4 mil por hora. Com essa inovação, a empresa garante uma limpeza constante e de alta performance, reduzindo significativamente a perda de geração de energia causada pelo acúmulo de sujeira.

“Essa tecnologia tem contribuído de forma direta para aumentar a eficiência operacional dos complexos solares, ao mesmo tempo em que reduz os custos com manutenção e melhora a segurança dos colaboradores”, afirma Alexandre Bezdiguian, coordenador da Operação de Usinas Solares da AES Brasil. A companhia foi pioneira no uso de robôs para limpeza de painéis fotovoltaicos no país, um movimento que já começa a ser seguido por outras empresas do setor.

Inspeção inteligente com drones

Além dos robôs de limpeza, a AES Brasil também incorporou drones em suas operações, visando melhorar o monitoramento e a inspeção dos painéis solares. Os drones permitem que a inspeção das usinas seja realizada em até cinco horas, com uma eficiência que seria impossível de ser alcançada por métodos tradicionais.

Essa tecnologia de mapeamento aéreo tem sido essencial para identificar “pontos quentes” nos painéis, que surgem quando a sujeira ou defeitos localizados sobrecarregam determinadas células fotovoltaicas. Esses pontos podem reduzir a vida útil dos equipamentos e gerar ineficiências na produção de energia. Com o uso dos drones, esses problemas são rapidamente detectados e corrigidos, evitando maiores perdas.

Os drones também têm sido fundamentais na identificação de “strings” — fileiras de módulos fotovoltaicos conectados em série — que podem estar fora de operação. Antes dessa tecnologia, esse processo de verificação exigia um trabalho manual demorado, baseado na análise de dados, o que aumentava o tempo de inatividade. Agora, a agilidade proporcionada pelos drones garante uma operação mais fluida e eficaz.

“Com a adoção de drones e outras tecnologias, estimamos que a eficiência na identificação de falhas e na execução de reparos aumentou em cerca de 50%”, complementa Bezdiguian. Esse ganho de produtividade é fundamental para garantir que as usinas solares operem em seu máximo potencial, gerando mais energia com menos recursos e tempo de manutenção.

Expansão do Complexo Solar Ouroeste

O foco da AES Brasil em inovação tecnológica faz parte de uma estratégia mais ampla de expansão e diversificação no setor de energia renovável. No segundo trimestre de 2024, a empresa concluiu a ampliação do Complexo Solar Ouroeste, com a construção do Parque Solar AGV VII. Com essa nova adição, o complexo agora possui uma capacidade instalada de 178,3 MW, o suficiente para abastecer aproximadamente 800 mil habitantes.

Essa expansão reforça o compromisso da AES Brasil em liderar a transição energética global de maneira sustentável e rentável. “Nosso objetivo é garantir que a energia renovável seja cada vez mais acessível e eficiente, contribuindo para um futuro mais limpo e sustentável”, afirma Bezdiguian.

Os investimentos em tecnologia e a ampliação dos parques solares são apenas algumas das iniciativas que posicionam a AES Brasil como uma das principais empresas de energia renovável no país. À medida que o Brasil avança em sua agenda de transição energética, o papel de inovações tecnológicas será cada vez mais central para garantir que a matriz elétrica continue se expandindo de forma sustentável.

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