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Nestlé e Enel Brasil Formam Consórcio para Autoprodução de Energia Eólica e Abastecimento de Fábricas

Nestlé Investe em Autoprodução de Energia no Brasil com Parceria da Enel

Acordo inclui a criação de três consórcios de energia renovável no complexo Cumaru, no Rio Grande do Norte, para atender cinco unidades da Nestlé

Em um passo significativo rumo à sustentabilidade, a Nestlé Brasil e a Enel Brasil firmaram um acordo para a criação de três consórcios de autoprodução de energia eólica. A iniciativa, que irá abastecer cinco unidades fabris da Nestlé, foi formalizada durante um evento em São Paulo e representa um marco no setor energético brasileiro, ao combinar inovação, compromisso ambiental e segurança no fornecimento de energia.

Compromisso com a Sustentabilidade

A energia gerada pelas usinas eólicas do complexo Cumaru, localizado em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, será responsável por fornecer 40% da demanda energética das fábricas da Nestlé em estados como São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. Os parques eólicos, que foram construídos e são operados pela Enel Green Power, refletem um investimento robusto em energia renovável, consolidando a presença da empresa no mercado de energias limpas.

Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil, enfatizou a importância desta colaboração: “Desde a década de 80, a Nestlé utiliza energia renovável em suas fábricas. A parceria com a Enel é um passo importante para diversificar nossas fontes de energia verde e avançar na nossa meta de ser uma empresa NetZero até 2050. A autoprodução também vai nos proporcionar maior estabilidade nos custos, uma vez que as tarifas tendem a ser mais previsíveis.”

Detalhes da Parceria

A Nestlé terá uma participação entre 40% e 47% nas três usinas, que já operam desde 2022 e fazem parte de um complexo de cinco parques eólicos. Com essa parceria, a empresa de alimentos não apenas busca garantir seu abastecimento energético, mas também contribuir para a transição energética do Brasil, que visa reduzir a dependência de fontes não renováveis.

A energia gerada será utilizada nas fábricas da Nestlé, que produzem itens como leite NINHO®, chocolates Garoto e produtos da Purina, consolidando a imagem da empresa como uma referência em sustentabilidade na indústria de alimentos.

A Enel Green Power, líder do consórcio, ficará responsável pela operação dos parques e pela manutenção da infraestrutura necessária para garantir a eficiência e a continuidade do fornecimento energético. A operação foi aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e aguarda a validação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Impacto no Setor Energético

A iniciativa da Nestlé e Enel não apenas fortalece a presença da energia eólica no Brasil, mas também sinaliza uma mudança de paradigma na maneira como as empresas se relacionam com suas fontes de energia. Com o aumento da demanda por práticas sustentáveis, a autoprodução de energia surge como uma alternativa viável para empresas que buscam reduzir seus custos e suas emissões de carbono.

“Essa união é uma demonstração da nossa capacidade de ampliar o uso da energia limpa. Compartilhamos o compromisso de construir um futuro sustentável e queremos ser um impulsionador da transição energética no Brasil”, comentou Antonio Scala, CEO da Enel Brasil.

Além de atender às necessidades energéticas das fábricas, a parceria reflete uma mudança nas operações da Nestlé, que já utilizava energia renovável em sua produção, incluindo biomassa para gerar vapor. Com essa nova colaboração, a empresa não só diversifica suas fontes de energia, mas também estabelece um modelo de negócios que prioriza a sustentabilidade.

O Futuro da Energia no Brasil

Com a meta de atingir a neutralidade de carbono até 2050, iniciativas como essa são fundamentais para o Brasil, um país que possui um grande potencial para a geração de energia renovável. A autoprodução de energia eólica não apenas contribui para a sustentabilidade ambiental, mas também abre portas para inovações tecnológicas e novos modelos de negócios no setor energético.

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