No Fórum de Agenda Climática dos BRICS, o centro de inovação da Nornickel sugere colaborações estratégicas para promover tecnologias verdes e a transição energética
Moscou foi o palco do Fórum BRICS Climate Agenda in Modern Conditions, que reuniu mais de 250 delegados para discutir o desenvolvimento de parcerias público-privadas dentro da agenda climática das nações do BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O evento, liderado pela presidência russa dos BRICS, contou com a participação de autoridades governamentais, líderes corporativos, acadêmicos e especialistas, todos focados em encontrar soluções colaborativas para os desafios climáticos globais.
Um dos principais pontos de discussão no fórum foi o papel das empresas na implementação de projetos climáticos e no desenvolvimento de instrumentos eficazes para parcerias público-privadas. Os participantes concordaram que a colaboração entre a comunidade científica, o setor privado e os governos é fundamental para a execução de projetos interindustriais de grande escala, capazes de responder às exigências da agenda climática. A cooperação entre os países do BRICS é vista como uma força motriz para essa transição.
Liderança dos BRICS na agenda climática
Durante o evento, Dmitry Izotov, chefe do Palladium Centre da Nornickel, destacou a capacidade dos países do BRICS em liderar a agenda climática global, combinando demanda por tecnologias verdes e conhecimento científico avançado. Segundo Izotov, o centro de inovação da Nornickel está em contato com equipes científicas na Rússia, China e Emirados Árabes Unidos, e há planos para expandir ainda mais essa colaboração, reforçando a troca de conhecimento e desenvolvimento de soluções tecnológicas conjuntas.
“Os países do BRICS têm o necessário para liderar a agenda climática global: a capacidade científica e a demanda por tecnologias verdes. Atualmente, contamos com o apoio dos ministérios relevantes para coordenar a interação com as principais equipes científicas dos países do BRICS para lançar desenvolvimentos conjuntos”, afirmou Izotov. Ele também mencionou que o Palladium Centre está pronto para servir como uma plataforma piloto para testar novas iniciativas e ferramentas que possam ser replicadas em larga escala.
Propostas do Palladium Centre
O Palladium Centre apresentou uma série de iniciativas para fortalecer as colaborações público-privadas dentro dos BRICS, com foco em promover inovações tecnológicas no campo das energias renováveis e da economia verde. Entre as propostas destacadas, três áreas receberam maior ênfase:
- Alinhamento de Programas Estatais e Necessidades Tecnológicas do Setor Privado:
A proposta visa adaptar os programas de pesquisa científica conduzidos por instituições públicas às demandas do setor privado, aumentando a proporção de desenvolvimentos que têm aplicação direta nas indústrias. Isso não só aceleraria a inovação tecnológica, mas também garantiria que os avanços científicos pudessem ser rapidamente integrados aos mercados e setores industriais dos países do BRICS. - Desenvolvimento de Universidades e Infraestrutura Científica:
Outra proposta fundamental é o fortalecimento das universidades, por meio da criação de novos departamentos especializados em ciências aplicadas e da melhoria da infraestrutura laboratorial. Essa medida tem como objetivo promover a competitividade das instituições científicas nos países do BRICS, permitindo que elas desempenhem um papel de liderança no desenvolvimento de novas tecnologias e soluções para os desafios climáticos. - Promoção de Parcerias entre Empresas e Universidades Internacionais:
Para acelerar a evolução das ciências aplicadas nos países do BRICS, o Palladium Centre propôs a intensificação das colaborações entre empresas e universidades, tanto nacionais quanto estrangeiras. Essa interação é vista como essencial para a transferência de conhecimento e para o desenvolvimento de tecnologias que possam ser aplicadas em uma variedade de setores, como a produção de hidrogênio, energia solar e biocombustíveis.
O papel do Palladium Centre na economia verde
O Nornickel’s Palladium Centre, que tem se posicionado como um dos principais centros de inovação no desenvolvimento de materiais à base de paládio, está fortemente comprometido com a transição energética. Seu portfólio de projetos inclui o desenvolvimento de tecnologias voltadas para o uso de hidrogênio, energia solar e biocombustíveis — setores que são cruciais para uma economia verde.
Até 2030, a Nornickel planeja utilizar as capacidades do Palladium Centre para lançar mais de 100 novos materiais no mercado, todos focados em soluções sustentáveis e inovadoras para a transição energética. Esses materiais terão aplicações diretas em tecnologias limpas e setores industriais que buscam reduzir sua pegada de carbono, reforçando o compromisso da Nornickel com a sustentabilidade e a inovação.
Colaboração e Inovação como Caminhos para o Futuro
O Fórum BRICS Climate Agenda in Modern Conditions destacou a importância da colaboração entre os países do BRICS, especialmente em um momento em que a transição energética e a luta contra as mudanças climáticas se tornam prioridades globais. As propostas do Palladium Centre refletem um caminho claro para a inovação tecnológica, a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico, que só poderão ser alcançados por meio de parcerias eficazes entre o setor público, o privado e a comunidade científica.