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Brasil Atinge Marco Histórico de 4 Milhões de Unidades com Geração Própria de Energia Solar

Brasil Atinge Marco Histórico de 4 Milhões de Unidades com Geração Própria de Energia Solar

Residências lideram a adoção da tecnologia fotovoltaica, seguidas por estabelecimentos comerciais; preço médio da energia solar residencial cai 4% no segundo trimestre de 2024

O Brasil atingiu um marco significativo em sua trajetória rumo a um futuro energético mais sustentável. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país agora conta com mais de 4 milhões de unidades consumidoras que utilizam geração própria de energia solar, instaladas em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Este número, além de representar um avanço impressionante no setor, destaca o crescente papel da energia solar na matriz energética nacional.

Domínio Residencial no Uso de Energia Solar

As residências são as principais protagonistas desse movimento, com mais de 2,8 milhões de imóveis abastecidos por sistemas de energia solar, correspondendo a 70% do total de unidades consumidoras que adotaram a tecnologia fotovoltaica. Este domínio no segmento residencial reflete tanto a conscientização dos consumidores sobre os benefícios econômicos e ambientais da energia solar quanto a evolução das políticas de incentivo e financiamento para instalação desses sistemas.

Estabelecimentos comerciais e de serviços ocupam a segunda posição na utilização de geração própria de energia solar, com 674,4 mil unidades atendidas, representando 16,8% do total. Outros setores, como propriedades rurais, indústrias, e prédios públicos, também estão em expansão, somando mais de 520 mil unidades.

Investimentos e Impactos Econômicos

Os números refletem não apenas a disseminação da tecnologia, mas também os impactos econômicos positivos gerados pelo setor. Os investimentos acumulados em geração própria de energia solar no Brasil ultrapassam R$ 150,3 bilhões, com uma capacidade instalada de 31 gigawatts (GW). Desde 2012, o setor criou mais de 931 mil empregos verdes, além de contribuir com R$ 44,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. A energia solar está presente em todos os 5.550 municípios do Brasil, consolidando-se como uma alternativa viável e cada vez mais acessível para diversos perfis de consumidores.

Queda de Preços e Acessibilidade

O preço médio da energia solar para residências no Brasil caiu 4% no segundo trimestre de 2024, segundo dados do Radar Solar, estudo realizado pela Solfácil. O preço médio por watt-pico (Wp) caiu de R$ 2,76 no primeiro trimestre para R$ 2,66 no segundo trimestre, impulsionado pela redução nos custos do polisilício, principal matéria-prima das placas solares.

Essa queda foi observada em todas as faixas de potência, de 2-4 kWp até sistemas superiores a 15 kWp, com exceção de Minas Gerais, que não registrou diminuição de preços. Estados como Rio Grande do Sul, Roraima e Rondônia tiveram as maiores quedas, tornando-se ainda mais atrativos para novos investimentos em energia solar.

Desafios e Oportunidades

Apesar do crescimento robusto, as 4 milhões de unidades consumidoras que utilizam energia solar representam apenas 4,5% do total de ligações de eletricidade no Brasil, que somam 92,4 milhões de unidades. Este dado revela o vasto potencial ainda inexplorado, especialmente em regiões onde a penetração da tecnologia é menor.

A região Centro-Oeste, por exemplo, mantém-se como a mais acessível para investimentos em energia solar, com um custo médio de R$ 2,58/Wp, seguida pelo Nordeste, onde o preço médio é de R$ 2,62/Wp. O Sul também se destaca, com uma queda de 9% nos preços, consolidando-se como a segunda região mais barata para instalação de sistemas solares.

Por outro lado, o Norte continua sendo a região mais cara, apesar de uma redução de preços superior à média nacional, com um custo de R$ 2,79/Wp.

O Futuro da Energia Solar no Brasil

Com a redução dos custos e a crescente adoção da tecnologia fotovoltaica, o Brasil caminha para se consolidar como um dos líderes globais em geração de energia solar. A Absolar destaca que, com políticas públicas adequadas e o contínuo desenvolvimento tecnológico, o país tem potencial para expandir ainda mais a geração própria de energia solar, contribuindo para a segurança energética e para a mitigação das mudanças climáticas.

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