A pesquisa da Itaipu sobre os impactos da restauração florestal é a grande vencedora do Prêmio MapBiomas 2024, destacando a importância da recuperação ambiental na região da Bacia do Paraná
Em uma celebração do compromisso com a sustentabilidade e a conservação ambiental, a Itaipu Binacional recebeu um dos mais prestigiados reconhecimentos do setor na 6ª edição do Prêmio MapBiomas. O estudo premiado, que analisa os impactos da restauração florestal na área de influência da usina hidrelétrica, foi destacado na categoria Destaque Aplicações em Negócios durante o 9º Seminário Anual do MapBiomas, realizado em Brasília.
O trabalho vencedor, intitulado “Impacto da Restauração Florestal na Dinâmica da Paisagem da Usina Hidrelétrica da Itaipu Binacional”, representa um esforço colaborativo do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT) do Itaipu Parquetec, em parceria com a Itaipu Binacional e a Universidade Federal do ABC (UFABC). A pesquisa, coordenada pelo professor Leandro Tambosi da UFABC, contou com a participação das engenheiras florestal Veridiana Pereira, a engenheira agrônoma Liziane Kadine, e a colaboradora Flavia Rodriguez, todas da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu.
O Impacto da Pesquisa
A pesquisa premiada utilizou dados do MapBiomas, abrangendo o período de 1985 a 2020, para mapear e avaliar as transformações na paisagem em 27 municípios da Bacia do Paraná 3 e do Parque Nacional do Iguaçu. Após mais de três décadas de intenso reflorestamento promovido pela Itaipu, os pesquisadores identificaram a criação de 73 mil hectares de novas florestas na região. Esse aumento significativo tem desempenhado um papel crucial na redução dos impactos negativos do desmatamento e na promoção de benefícios ambientais substanciais.
O professor Leandro Tambosi destacou que a restauração florestal contribuiu para o aumento do tamanho médio dos fragmentos florestais e melhorou a conectividade dos corredores ecológicos, elementos essenciais para a conservação da biodiversidade. A pesquisa também revelou que a recuperação das áreas de preservação permanente (APPs) oferece potencial adicional para a proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos.
Tambosi enfatizou que o estudo não apenas documenta os sucessos alcançados até agora, mas também abre portas para futuras simulações e estratégias de restauração, permitindo a priorização de áreas críticas para a conservação.
Reconhecimento e Impacto Histórico
Durante a cerimônia de premiação, Veridiana Pereira ressaltou o caráter de longo prazo das ações da Itaipu e o impacto duradouro da restauração florestal na região. Ela agradeceu aos profissionais que contribuíram para essa causa ao longo dos anos, destacando a importância contínua da recuperação florestal e sua relação com a preservação da água e da energia.
A Itaipu, que ampliou sua atuação para 399 municípios do Paraná e 35 de Mato Grosso do Sul com o programa Itaipu Mais que Energia, cobre uma área de 200 mil km², beneficiando cerca de 11 milhões de pessoas. Este reconhecimento é um reflexo do compromisso contínuo da empresa com a sustentabilidade e a conservação ambiental.
Premiação e Reconhecimentos Anteriores
O Prêmio MapBiomas contemplou um total de oito trabalhos em seis categorias, com prêmios que variaram de R$ 10 mil a R$ 15 mil. Além dos prêmios em dinheiro, os vencedores receberam assinaturas anuais da Revista Ciência Hoje Digital, bolsas para cursos de Geoprocessamento e a produção de vídeos sobre os trabalhos premiados.
O histórico de reconhecimento da Itaipu inclui vários marcos importantes:
- Em 2017, a Fundação SOS Mata Atlântica destacou a Itaipu como a principal responsável pela regeneração de áreas florestais no Paraná, com quase 30% de recuperação do bioma no Estado.
- Em 2019, as áreas protegidas da Itaipu foram reconhecidas como núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela UNESCO.
- Em 2023, a empresa comemorou o plantio de 24 milhões de árvores na margem brasileira da faixa de proteção desde a criação das áreas protegidas em 1979.