Em audiência na Câmara dos Deputados, Silveira reforça compromisso com a finalização da usina em construção desde 1981, prometendo levar a decisão ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
Na manhã desta terça-feira, 13 de agosto de 2024, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez uma contundente defesa da conclusão da usina nuclear de Angra 3, localizada no Rio de Janeiro. A construção da usina, iniciada em 1981, tem sido um ponto de debate contínuo no setor energético brasileiro, e o ministro utilizou uma audiência na Câmara dos Deputados para reafirmar sua posição intransigente em favor do término das obras.
Em abril deste ano, Silveira havia indicado que o governo ainda não tinha uma posição definitiva sobre o futuro de Angra 3, aguardando a conclusão de estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para tomar uma decisão. No entanto, sua declaração de hoje marca uma mudança significativa, revelando um comprometimento firme com a finalização do projeto.
Reafirmação do Compromisso
Durante a audiência, Silveira destacou a importância estratégica da usina nuclear para a matriz energética brasileira. “Eu já adiantei para o ministro Rui Costa, da Casa Civil, que o ministro de Minas e Energia do Brasil, ao levar a decisão ao CNPE, vai apresentar uma defesa intransigente pela continuidade da obra de Angra 3,” afirmou Silveira.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) é o órgão de assessoramento da Presidência da República responsável por formular diretrizes e políticas energéticas. A posição do ministro reflete um esforço para garantir que a usina nuclear, um projeto de longa data e alto investimento, seja concluída, apesar das várias incertezas e desafios enfrentados ao longo dos anos.
Contexto da Construção
Angra 3 começou a ser construída em 1981 como parte de um esforço para expandir a capacidade de geração de energia nuclear do Brasil. No entanto, o projeto enfrentou uma série de interrupções e atrasos ao longo das décadas. Entre os desafios estão questões financeiras, regulatórias e técnicas, que resultaram em um longo período de paralisações e revisões no cronograma de construção.
O governo brasileiro, ao longo dos anos, teve que lidar com as complexidades associadas ao projeto, incluindo a necessidade de assegurar financiamento adequado e superar obstáculos técnicos. A declaração de Silveira destaca a urgência e o compromisso do governo em resolver essas questões e avançar com a construção.
Próximos Passos
A decisão final sobre a conclusão de Angra 3 será tomada pelo CNPE, com base nas recomendações e argumentos apresentados pelo Ministério de Minas e Energia. A defesa intransigente de Silveira sugere que o governo está pronto para investir recursos adicionais e resolver os problemas pendentes para garantir a conclusão da usina.
O apoio do Ministério de Minas e Energia à continuidade do projeto pode ser um passo crucial para a conclusão de Angra 3, impactando diretamente a capacidade do Brasil de diversificar e expandir sua matriz energética. A conclusão da usina promete contribuir significativamente para a geração de energia elétrica no país, aumentando a capacidade de fornecimento e ajudando a atender a demanda crescente.
Relevância para o Setor Energético
A conclusão de Angra 3 é vista como uma oportunidade para reforçar a capacidade de geração de energia nuclear no Brasil, uma fonte de energia que oferece estabilidade e baixa emissão de carbono. O projeto, quando concluído, pode desempenhar um papel vital na garantia de uma matriz energética mais diversificada e sustentável.
A decisão do governo em avançar com o projeto também reflete uma estratégia mais ampla para fortalecer a infraestrutura energética do país e garantir a segurança no fornecimento de energia a longo prazo. A finalização de Angra 3 será um marco importante na história da energia nuclear no Brasil e poderá ter um impacto duradouro no setor energético nacional.