Ministro defende uso recorde de R$ 17 bilhões arrecadados em leilão de petróleo para promover melhorias sociais e reduzir custos de energia elétrica
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância do recente leilão promovido pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) que arrecadou um valor recorde de R$ 17 bilhões com a venda de cerca de 37,5 milhões de barris de petróleo da União. O evento, que envolveu os campos de Mero e Búzios e ocorrerá em 2025, foi celebrado como um marco estratégico não apenas para a segurança energética do Brasil, mas também como uma oportunidade para gerar recursos destinados a melhorias sociais e redução dos custos com energia elétrica.
Em um discurso durante o leilão, Silveira enfatizou a relevância de utilizar os recursos provenientes da venda do petróleo para promover a qualidade de vida da população brasileira. “Não podemos abrir mão desses recursos. Eles serão usados para a melhoria da qualidade de vida da nossa população. O dinheiro do petróleo vai para o fundo social, para saúde, educação, e deve ir para a redução da conta de energia elétrica”, declarou o ministro. Segundo ele, é crucial garantir a produção nacional de petróleo para evitar a dependência de importações e assegurar o financiamento adequado para a transição energética.
Silveira observou que a dependência do petróleo ainda persistirá até, no mínimo, 2050, conforme apontado pela Agência Internacional de Energia (IEA). “Se não produzirmos petróleo, outro país venderá para nós. A cadeia de fornecimento de bens e serviços, a siderurgia, a cadeia do aço, estão deixando de produzir aqui e indo para a Guiana. E não é isso que queremos”, afirmou Silveira. O ministro ressaltou que o Brasil possui algumas das maiores reservas ultraprofundas recuperáveis de petróleo do planeta e uma matriz energética diversificada, que inclui hidrelétricas, usinas de biomassa, energia limpa e renovável, etanol, gás e biocombustíveis.
O impacto financeiro da exploração de novos recursos em óleo e gás é significativo. Silveira apontou que o setor poderia gerar investimentos da ordem de R$ 5 trilhões entre 2031 e 2050. No entanto, a interrupção desses investimentos poderia resultar em uma perda de até R$ 4 trilhões em arrecadação. “Não dá para excluir os recursos do petróleo da equação que financia a transição energética”, advertiu o ministro, sublinhando a necessidade de continuar a exploração e produção de petróleo como parte da estratégia nacional de energia.
Em relação ao impacto direto para a população, Silveira destacou que parte dos recursos do leilão será direcionada para a redução da conta de luz dos consumidores, especialmente os de baixa renda. O ministro revelou que tem conversado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para garantir que os fundos do petróleo sejam utilizados para mitigar o custo da energia elétrica para os mais pobres. “Tenho dialogado com o ministro Haddad para que parte da receita do óleo da União seja utilizada para reduzir a conta de luz, principalmente para o mais pobre. Este é o governo do presidente Lula, que não deixa ninguém para trás”, concluiu Silveira.
O leilão representa não apenas uma vitória financeira para o governo federal, mas também uma oportunidade estratégica para apoiar a transição energética e garantir que os benefícios da riqueza do petróleo sejam amplamente distribuídos, promovendo a justiça social e a sustentabilidade econômica no Brasil.