Encontro com William Magwood aborda obras de Angra 3, extensão de Angra 1 e o potencial dos Small Modular Reactors
Na última quinta-feira (04), Raul Lycurgo, presidente da Eletronuclear, recebeu William Magwood, diretor-geral da Nuclear Energy Agency (NEA) da Organization for Economic Co-operation and Development (OECD), na sede da companhia. O encontro teve como foco o panorama atual do setor nuclear brasileiro e suas perspectivas futuras.
Durante a reunião, Lycurgo detalhou os planos para a retomada das obras de Angra 3, um projeto crucial para a ampliação da capacidade energética do país. Além disso, foi discutida a extensão da vida útil de Angra 1, com base nos resultados da Missão SALTO (Safety Aspects of Long Term Operation) realizada em junho pela International Atomic Energy Agency (AIEA). “É de suma importância dialogar com instituições internacionais. Esse encontro serve para posicionar o Brasil dentro do setor nuclear e mostrar que o país está atento às oportunidades de crescimento. A conversa foi muito positiva”, afirmou Lycurgo.
Outro tópico relevante da reunião foi o mercado dos Small Modular Reactors (SMRs). Esses reatores modulares são uma tendência crescente no cenário internacional devido à sua flexibilidade e menor custo de implementação. A possibilidade de investimentos em SMRs no Brasil foi amplamente discutida, destacando o interesse em explorar novas tecnologias nucleares para fortalecer a matriz energética nacional.
O encontro contou também com a participação de Gabriel Joaquim, terceiro-secretário da Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. A presença diplomática reforçou a importância estratégica do setor nuclear para o Brasil e a necessidade de cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável e seguro das tecnologias nucleares.
A reunião entre Raul Lycurgo e William Magwood destacou a importância do diálogo internacional e a cooperação no setor nuclear. Com planos ambiciosos como a retomada das obras de Angra 3 e a exploração dos SMRs, o Brasil demonstra seu compromisso com o crescimento sustentável e a inovação tecnológica na área nuclear.