Novos índices tarifários da Cemig entram em vigor em 28 de maio, afetando mais de 9 milhões de unidades consumidoras em 774 municípios do estado
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nesta terça-feira (21/5) o Reajuste Tarifário Anual da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig Distribuição S/A), que atende a uma extensa base de consumidores no estado de Minas Gerais.
As tarifas da concessionária serão ajustadas a partir de 28 de maio, com reajustes variados conforme as categorias de consumidores. Para os consumidores residenciais (B1), o aumento será de 6,70%, enquanto outras classes de consumo terão ajustes diferenciados, como 6,72% para baixa tensão em média e 8,63% para alta tensão em média.
Entre os principais fatores que influenciaram o processo tarifário, destacam-se a inclusão dos componentes financeiros apurados no reajuste atual para compensação nos 12 meses seguintes e a retirada de componentes financeiros do processo tarifário anterior, além dos custos relacionados ao transporte de energia elétrica.
O efeito médio da alta tensão abrange diversas classes, desde A1 até A4, enquanto para a baixa tensão, engloba categorias como residencial, rural, industrial, comercial, serviços, entre outras.
É importante distinguir entre Revisão Tarifária Periódica (RTP) e Reajuste Tarifário Anual (RTA). A RTP é um processo mais complexo, onde são definidos o custo eficiente da distribuição, metas de qualidade, perdas de energia e componentes do Fator X para o ciclo tarifário. Já o RTA, mais simples, ocorre nos anos em que não há RTP, atualizando a Parcela B pelo índice de inflação estabelecido no contrato, menos o fator X.
Ambos os processos refletem os custos com compra e transmissão de energia, bem como encargos setoriais que financiam políticas públicas.
Este reajuste impactará diretamente os consumidores em Minas Gerais, exigindo uma revisão dos hábitos de consumo e um planejamento financeiro mais consciente diante das novas tarifas. A conscientização sobre o uso eficiente da energia torna-se ainda mais crucial em tempos de aumento dos custos.