Reunião de Vice-ministros de Energia marca avanço na cooperação regional e define estratégias para segurança energética e sustentabilidade
Durante a I Reunião de Vice-ministros de Energia do Consenso de Brasília, realizada em Quito, Equador, representantes dos países sul-americanos assinaram a histórica Declaração de Quito sobre Integração Elétrica. O evento, organizado pela presidência chilena do Consenso de Brasília em parceria com a Organização Latino-Americana de Energia (OLADE), estabeleceu prioridades e objetivos para a integração dos setores elétricos da região.
A Declaração de Quito é um marco na cooperação regional, impulsionada pela iniciativa do presidente Lula e ratificada pelos líderes da América do Sul durante a assinatura do Consenso de Brasília em maio de 2023. O documento reafirma o compromisso dos países em promover a integração elétrica e combater as mudanças climáticas como pilares fundamentais da integração regional.
Gustavo Masili, diretor do Departamento de Informações e Estudos Energéticos (DIEE) do Ministério de Minas e Energia (MME), enfatizou a importância do planejamento para a transição energética e integração entre os países da região durante o evento. Ele ressaltou que avanços na integração energética podem resultar em benefícios significativos, como segurança energética, crescimento econômico e eficiência sistêmica.
“A iniciativa tem o potencial de trazer vantagens significativas em termos de segurança energética, crescimento econômico e melhoria da eficiência sistêmica ao favorecer preços mais competitivos e benefícios ambientais substanciais”, afirmou Masili.
A Declaração de Quito destaca a diversidade de recursos energéticos disponíveis na região, incluindo o potencial do hidrogênio com baixa emissão de carbono e seus derivados. Além disso, o documento reafirma o compromisso dos países em coordenar políticas energéticas para facilitar o intercâmbio de eletricidade, promover a eficiência energética e utilizar fontes renováveis de energia elétrica.
O evento contou com a presença de Eduardo Siebra, diplomata da Divisão de Energia e Mineração do Itamaraty, que acompanhou Gustavo Masili durante as discussões.