Clima atípico e retomada econômica impulsionam demanda por energia elétrica em todas as regiões do país
No mês de março, o Brasil testemunhou um marco histórico no consumo de energia elétrica, com um crescimento surpreendente de 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento significativo levou o consumo nacional de eletricidade a atingir um recorde impressionante de 47.810 GWh, marcando o maior consumo mensal registrado desde 2004.
Uma combinação de fatores contribuiu para esse aumento exponencial. O clima atípico, caracterizado por temperaturas acima da média e um clima mais seco, impulsionou a demanda por energia elétrica em todas as regiões do país. Além disso, a retomada econômica em curso também desempenhou um papel crucial, com os setores comercial e industrial registrando um aumento significativo no consumo de eletricidade.
Os dados revelados na mais recente edição da Resenha Mensal apontam que a classe residencial liderou esse crescimento, com uma taxa de expansão de 9,1%, uma redução notável após cinco meses consecutivos de crescimento de dois dígitos. Tanto o comércio quanto a indústria também experimentaram um aumento no consumo de eletricidade, refletindo a recuperação econômica em curso.
Em termos acumulados, o consumo nos últimos 12 meses alcançou a marca de 540.564 GWh, registrando um aumento de 5,6% em relação ao período anterior. No que diz respeito ao ambiente de contratação de energia, o mercado livre mostrou um crescimento substancial, respondendo por 40,3% do consumo nacional em março.
O aumento de 6,3% no consumo e um impressionante aumento de 30,0% no número de consumidores em comparação com o ano anterior indicam uma tendência de migração significativa para o mercado livre, alinhada com as previsões estabelecidas pela ANEEL. Apesar disso, o mercado regulado das distribuidoras ainda representa a maioria do consumo nacional de eletricidade, respondendo por 59,7% do consumo em março.
Diante desses dados alarmantes, é crucial uma análise cuidadosa do comportamento do consumo de energia elétrica no Brasil. Compreender os impactos desse aumento e desenvolver estratégias eficazes para garantir a segurança energética e a sustentabilidade no futuro torna-se uma prioridade.