Home Geração Hidrogênio Brasil pode liderar produção global de hidrogênio: Potencial de 1,8 bilhão de...

Brasil pode liderar produção global de hidrogênio: Potencial de 1,8 bilhão de toneladas anuais revelado em audiência no Senado

Senadores debatem estratégias para impulsionar indústria do hidrogênio e alavancar economia verde, visando a neutralidade climática até 2050

Em audiência pública conjunta das Comissões de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Meio Ambiente (CMA), realizada nesta terça-feira, senadores e especialistas discutiram o potencial do Brasil para se tornar líder global na produção de hidrogênio, vislumbrando a geração de até 1,8 bilhão de toneladas anuais. O encontro destacou não apenas os desafios técnicos e logísticos, mas também as oportunidades econômicas e ambientais que essa transição energética pode proporcionar ao país.

Os questionamentos dos senadores abordaram questões cruciais, desde os métodos de produção e utilização do hidrogênio até os impactos ambientais e as possibilidades de mercado internacional. Em resposta, representantes de ministérios e especialistas do setor delinearam estratégias para impulsionar a indústria do hidrogênio e colaborar com a agenda de baixo carbono, alinhada com o compromisso nacional de neutralidade climática até 2050.

O Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Thiago Vasconcellos Barral, destacou o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2) como um catalisador para o desenvolvimento dessa indústria. Com planos para implementar plantas piloto até 2025 e projetos de grande escala até 2030, o Brasil busca se posicionar como um dos países de menor custo na produção de hidrogênio.

Contudo, a viabilização desses projetos requer um ambiente regulatório claro e o estabelecimento de um Sistema Nacional de Certificação do Hidrogênio, como ressaltou Barral. Além disso, parcerias público-privadas e investimentos significativos são essenciais para impulsionar essa transição.

O coordenador-substituto do Departamento de Apoio ao Conselho Nacional de Mudança do Clima e ao Comitê Interministerial sobre Mudanças Climáticas, Carlos Alexandre Principe Pires, enfatizou o papel do hidrogênio na descarbonização de diversos setores da economia, destacando a urgência de ações diante da crise climática.

O debate também abordou a integração do hidrogênio com setores-chave da economia brasileira, como a agricultura e a indústria. Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia, ressaltou o potencial de utilizar biomassa para a produção de hidrogênio e a importância de reduzir a dependência externa de fertilizantes.

Para Juliana Falcão, gerente de Energia e Clima da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o hidrogênio será uma tecnologia crucial para a descarbonização, mas enfatizou a necessidade de focar recursos em sua implementação eficaz.

A audiência, que contou com representantes de ministérios, indústrias e academia, evidenciou o compromisso do Brasil em liderar a transição global para uma economia verde e sustentável, destacando o papel central do hidrogênio nesse processo.

Colaboraram com o debate representantes de diversas entidades, incluindo a Petrobras, a Embrapa, a ABIHV, entre outras, sinalizando uma ampla mobilização em torno dessa agenda.

Ao final da audiência, o presidente da CI, senador Confúcio Moura, reiterou a importância do debate para a defesa dos interesses nacionais e o avanço da agenda de transição energética, conclamando a união de esforços para tornar o Brasil uma potência global na produção de hidrogênio.

Exit mobile version