Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) destacam o Brasil como líder na América Latina na expansão de energia renovável, ressaltando o papel crucial do país na transição global para fontes limpas.
O relatório “Renewables 2023” da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado hoje (11/01), enfatizou a posição de liderança do Brasil na América Latina no que diz respeito à expansão de energia renovável. As estimativas revelam um aumento significativo de 165 gigawatts (GW) de capacidade de geração renovável na região de 2023 a 2028, com o Brasil representando mais de 65% desse total. A energia solar desponta como a principal impulsionadora desse crescimento, seguida pela energia eólica.
De acordo com o relatório, o Brasil é responsável por quase 90% das adições de energia solar distribuída na região. As projeções indicam que o setor de energia solar distribuída no Brasil continuará sua trajetória ascendente, com adições médias superiores a 7 GW por ano até 2028.
Os dados consolidam o Brasil como um dos protagonistas globais na transição energética, não apenas devido ao ambiente propício a investimentos, mas também pelas políticas inovadoras que impulsionam o crescimento de fontes de energia limpa e sustentável. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destaca que o Brasil serve como exemplo inspirador, equilibrando o desenvolvimento econômico com a adoção sustentável de energias renováveis e biocombustíveis.
Segundo a AIE, o Brasil demonstrou resiliência ao buscar soluções inovadoras, incluindo estratégias-chave como leilões de transmissão para conectar áreas de alto potencial de recursos renováveis. Em 2023, esses leilões resultaram em quase R$ 40 bilhões em investimentos para construção, operação e manutenção de mais de 10 mil quilômetros de linhas, com destaque para a região Nordeste.
Perspectivas Mundiais:
O relatório global da AIE destaca que o mundo adicionou 50% mais capacidade renovável em 2023 do que em 2022, apontando para um crescimento mais rápido nos próximos 5 anos. Contudo, a AIE alerta sobre a falta de financiamento para economias emergentes e em desenvolvimento. A capacidade global de geração de eletricidade renovável está se expandindo no ritmo mais rápido das últimas três décadas, indicando uma chance real de atingir a meta de triplicar a capacidade global de renováveis até 2030, estabelecida na COP 28.